O dólar subiu nesta terça-feira (28) ante uma cesta de outras moedas, com impulso limitado, ganhando fôlego ao longo da sessão. Declarações de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) estiveram em destaque, enquanto um dado de confiança do consumidor nos Estados Unidos superou a expectativa, e na Europa dirigentes do Banco Central Europeu (BCE) continuavam a sinalizar que deve haver corte de juros na próxima reunião, na semana que vem.
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No fim da tarde em Nova York, o dólar avançava a 157,13 ienes, o euro subia a US$ 1,0863, quase estável, e a libra tinha baixa a US$ 1,2764. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrou alta de 0,02%, a 104,614 pontos.
O dólar retomou alguma força ao longo da tarde, também em quadro de avanço dos juros dos Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano), estes apoiados após leilões de dívida americana. No câmbio, os sinais do Fed seguiam como fator importante. Membro da ala considerada mais dura (“hawkish”) entre os dirigentes do BC americano, Neel Kashkari disse que não descarta potenciais cortes nos juros, mas acrescentou que ainda deseja ter mais confiança na trajetória inflacionária, antes de dar esse passo.
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Kashkari ainda notou que não espera mais de dois cortes de juros em todo o ano atual. A diretora Michelle Bowman, por sua vez, afirmou que o Fed deve continuar a reduzir seu balanço, para manter uma política monetária suficientemente restritiva.
Na agenda de indicadores, o índice de confiança do consumidor nos EUA subiu de 97,5 em abril a 102,0 em maio, segundo o Conference Board, ante previsão de 95,7 dos analistas ouvidos pela FactSet. As expectativas de inflação nessa pesquisa aumentaram levemente, de 5,3% em abril a 5,4% em maio.
No comando do BCE, Klaas Knot afirmou que em breve será apropriado afrouxar a política, à medida que aumenta a confiança de que a inflação retornará à meta em tempo hábil, mas também destacou a incerteza ainda presente no quadro atual. Já o dirigente Mário Centeno comentou que o processo de relaxamento monetário estava “prestes a começar”, com inflação sob controle na zona do euro. Robert Holzmann, por sua vez, disse que pode apoiar corte na próxima semana, mas ressaltou que não há compromisso automático com mais relaxamento, que dependerá do quadro adiante e dos próximos dados.