O dólar se enfraqueceu consideravelmente ante rivais, após o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, admitir que os dirigentes da instituição discutiram o eventual relaxamento monetário no encontro em que decidiram manter juros. Na contramão, o peso argentino ficou sob pressão, na primeira sessão após o pacote econômico do novo presidente do país, Javier Milei.
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O índice DXY, que mede a moeda americana ante seis pares fortes, fechou em baixa de 0,96%, a 102,869 pontos, tendo atingido mínimas em cerca de 1 mês.
A divisa dos EUA já vinha sob pressão desde o período da manhã, quando o índice de preços ao produtor (PPI) veio mais fraco que o esperado. O movimento se intensificou ao longo da coletiva de imprensa de Powell, após o Fed ter mantido juros entre 5,25% e 5,50%.
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O banqueiro central não descartou mais aperto à frente, mas disse que os integrantes do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) tiveram discussões preliminares a respeito de um afrouxamento. “Há uma expectativa geral de que este será um tópico para nós”, afirmou”.
Como resultado, a curva futura voltou a indicar chance majoritária redução nos juros a partir de março, conforme mostrou a plataforma de monitoramento do CME Group. A ferramenta também indicou aumento na probabilidade de corte acumulado agressivo até o final do ano, com possibilidade predominante de queda de 1,50 ponto porcentual no período.
Para o ING, as declarações do Fed corroboraram a precificação no mercado por alívio monetário à frente, no que o banco considera uma guinada em direção a um postura mais dovish – ou seja, mais favorável ao relaxamento. “Esperamos cortes de 150 pontos-base em 2024, começando em maio”, diz.
Entre os destaques no câmbio, o dólar recuava a 143,14 ienes, enquanto o euro subia a US$ 1,0882 a libra avançava a US$ 1,2624. Amanhã pela manhã, Banco Central Europeu (BCE) e Banco da Inglaterra (BoE) devem optar por seguir o Fed e manter juros inalterados.
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Na Argentina, o dólar blue fechou o dia estável em 1.070 pesos argentinos, depois de alcançar recorde nominal a 1.150 na máxima do dia, de acordo com o Ámbito Finaciero. Assim, a distância com a cotação oficial caiu a 33,8%, no menor nível desde março de 2020. Ontem, o governo desvalorizou o peso oficial em mais de 50%, a 800 pesos, e anunciou uma série de novas medidas.