O dólar caiu em geral, após a publicação do relatório mensal de empregos (payroll) de outubro nos Estados Unidos, com número abaixo do esperado na geração de vagas. O indicador reforçou apostas de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) não deve elevar mais os juros, e o quadro apoiou a libra, que atingiu máximas desde setembro frente à divisa americana.
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No fim da tarde em Nova York, o dólar caía a 149,43 ienes, o euro subia a US$ 1,0727 e a libra tinha alta a US$ 1,2375. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrou baixa de 1,04%, a 105,021 pontos, e na comparação semanal recuou 1,44%.
A economia americana gerou 150 mil empregos em outubro, abaixo do previsto por analistas, e houve revisão em baixa nos postos criados em agosto e setembro. A taxa de desemprego subiu a 3,9%, enquanto os números dos ganhos médios por hora vieram mistos. O payroll foi interpretado como sinal de que o Fed já pode ter encerrado o ciclo de aperto e, segundo o monitoramento do CME Group, crescia a chance para o mercado de um corte de juros antes do previsto. Dados do setor de serviços, sobretudo o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do Instituto para Gestão da Oferta (ISM, na sigla em inglês), também reforçaram a avaliação de que a economia americana perde fôlego.
Nesse contexto, a libra ganhou impulso, com máximas desde setembro. Na agenda do Reino Unido, o PMI de serviços avançou a 49,5 em outubro, acima da preliminar, mas ainda abaixo da marca de 50 que separa contração da expansão. O Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), por sua vez, alertou para o avanço dos salários como um risco na inflação, um dia após manter os juros.
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