O Nubank (ROXO34) lançou nesta terça-feira (29) a sua operadora de telefonia e internet móveis, o NuCel, dentro de uma estratégia de ampliar o portfólio de serviços da instituição além do ramo financeiro. A grande aposta do grupo é a oferta de planos de celular ‘descomplicados’ para atrair clientes insatisfeitos com suas operadoras.
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O Nubank obteve, em abril, a aprovação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para atuar como uma operadora virtual – modelo de negócio em que o serviço de celular é prestado a partir de redes e antenas de outra empresa. Neste caso, a parceira é a Claro.
Nas últimas semanas, a NuCel convidou um grupo de clientes a participar dos testes da nova operadora. A partir de agora, todos os clientes poderão contratar os planos. O NuCel será liberado gradualmente ao longo dos próximos meses. Na largada, valerá apenas para aparelhos com capacidade para eSIM (chip virtual), com ativação em dois minutos.
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O NuCel terá três opções de planos: 15 GB por R$ 45/mês, 20 GB por R$ 55/mês e 35 GB por R$ 75/mês. Uma grande aposta da instituição é permitir ao cliente cancelar ou trocar o plano (para cima ou para baixo) a qualquer momento, via aplicativo, sem exigência de fidelidade.
O pagamento será feito com cobrança no cartão de crédito do Nu. Na fase inicial de testes, apenas algumas funcionalidades estarão disponíveis. Após esta etapa, todos os benefícios e funções serão habilitados.
Todos os planos incluirão: pacote de voz ilimitado, válidos para ligações locais e interurbanas; WhatsApp ilimitado, incluindo ligações de voz e vídeo, e acesso ilimitado ao aplicativo do Nubank; acesso a um depósito com rendimento de 120% do CDI, com limite de até R$ 10 mil, e por pelo menos um ano; cobertura de 93% do território nacional com sinal 4G e 5G, conforme disponibilidade da Claro.
Em apresentação à imprensa, a presidente do Nubank, Livia Chanes, disse que a instituição está buscando ampliar o seu portfólio de serviços. “Deixamos de ser apenas uma aplicação financeira para ser também uma forma de lifestyle”, afirmou.
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A fintech já conta com marketplace no app, ligado a 230 lojas parceiras. Em maio, lançou um serviço de busca e reserva de passagens aéreas e hotéis, com benefícios aos clientes. E, hoje, coloca o pé no setor de telecomunicações. “O primeiro motivo é que a telefonia móvel é onipresente na base dos nossos clientes. Nossa relação com eles é através do celular”, frisou.
Para ganhar participação nesse mercado, Chanes disse que o foco será oferecer planos mais transparentes e mais fáceis de habilitar – fatores que foram diagnosticados como as principais reclamações dos usuários de planos de celular no Brasil.
Ela citou que quase 60 milhões de usuários trocam de provedor a cada ano, sendo que mais de 50% reportam problemas como dificuldade de cancelar serviço, aumento do preço sem aviso prévio, app que não funciona, atraso no atendimento, qualidade ruim do sinal, dificuldade de mudar o plano.
“É um mercado dinâmico, em que as pessoas tendem a buscar soluções, mas nem sempre encontram. A indústria é concentrada, e a rotatividade (churn) ainda é alta”, afirmou Chanes. “Essa é um ponto de dor muito forte, e o Nubank sabe trabalhar bem, levando camada de leveza, assim como fizemos no setor financeiro.”
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O diretor da NuCel da Nubank (ROXO34), Paulo Barbosa, prometeu que os planos da nova operadora serão transparentes e fáceis de entender. “A grande maioria dos planos tem asteriscos, regras miúdas, nem sempre fáceis de se entender. Queremos oferecer inovação em vez de fazer um plano como todos os outros”.
* Com informações do Broadcast