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Goldman Sachs eleva preço-alvo das ações do Nubank (ROXO34); saiba mais

A mudança é fruto da maior confiança sobre as perspectivas da fintech no longo prazo, diz o banco

Goldman Sachs eleva preço-alvo das ações do Nubank (ROXO34); saiba mais
Fachada do Nubank. (Foto: Divulgação/Nubank)

O Goldman Sachs elevou de US$ 14 para US$ 15 o preço-alvo das ações do Nubank (ROXO34), o que abre espaço para uma alta de 25,7% em relação ao fechamento de sexta-feira (29). A recomendação foi mantida em compra pelo analista Tito Labarta.

O aumento do preço é fruto da maior confiança sobre as perspectivas da fintech no longo prazo, ainda que os investimentos no México, segunda maior operação do Nu, devam pressionar as margens no curto prazo. A maior parte dos debates no mercado a respeito do banco digital tem o país latino como tema, diz o Goldman.

“Um salto nos depósitos no México graças à remuneração de 15% levou a maiores despesas com juros; porém, também gerou um sentimento positivo sobre as perspectivas de crescimento da operação”, afirma Labarta, em relatório enviado a clientes.

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Com a operação brasileira contabilizando mais de 85 milhões de clientes e em estágio mais maduro, o mercado acredita que o México é o país em que o Nubank tem o maior potencial de crescimento nos próximos anos. “Nossa viagem recente ao país reafirmou o interesse a respeito do Nubank, e vimos muitas propagandas do Nu na Cidade do México mencionando seu cartão de crédito e a conta digital.”

O cenário traçado pelo Goldman no relatório aponta para um crescimento de 29% nos depósitos no Brasil e de 700% no México, que chegaria a US$ 8 bilhões no final deste ano e a 22% do total do grupo. Com mais depósitos, a fintech poderia acelerar a concessão de crédito, e a carteira mexicana poderia crescer 400% em 2023, contra 67% no Brasil.

A margem bruta da filial mexicana, por sua vez, deve expandir-se gradualmente neste ano, passando de 8,5% no final de 2023 para 24,1% no final de 2024. No entanto, deve continuar pesando sobre a margem total, que no ano passado foi de 43,5%.

Ao olhar para a operação brasileira, o Goldman afirma que os investidores têm dado foco ao volume de créditos renegociados, visto por parte deles como alto, mas que os dados do Nubank não são alarmantes. “Os bancos tradicionais tendem a ter patamares mais baixos de renegociação dada a exposição a crédito imobiliário, consignado, crédito para empresas e rural”, diz Labarta.

A carteira renegociada do Nubank equivalia em dezembro passado a 9,6% da carteira total, contra os 4% a 6% dos grandes bancos. Com a retirada das carteiras garantidas, porém, o total dos grandes bancos passaria a uma faixa entre 7% e 18% da carteira.

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