As ações da Azul (AZUL4) registram a principal alta do Ibovespa nesta sexta-feira (13), diante de rumores de que a empresa está próxima de um novo acordo com credores. Às 16h09, os papéis da companhia aérea sobem 17,08% cotados R$ 4,73, depois de oscilarem entre máxima a R$ 4,89 e mínima a R$ 4,06, entre os ativos mais negociados da Bolsa brasileira.
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De acordo com uma reportagem da Reuters, a Azul estaria oferecendo ações para quitar uma dívida de cerca de US$ 600 milhões. As informações vieram de três pessoas próximas às negociações. As fontes, que pediram anonimato, também afirmaram que a maioria dos credores da aérea já sinalizou que aceitaria o plano em discussão.
Sob a proposta, os arrendadores receberiam uma participação acionária de cerca de 20% da companhia. Duas das pessoas mencionaram que um acordo poderia ser assinado em poucas semanas. “Não é 100% o que a Azul gostaria, nem 100% o que os arrendadores gostariam, mas pode ser uma boa maneira de aliviar esse fardo”, disse uma das pessoas à Reuters.
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Vale lembrar que a Azul fechou um acordo com arrendadores e fabricantes de equipamentos em 2023 para dar a eles até US$ 570 milhões em ações preferenciais avaliadas em R$ 36 (US$ 6,46) cada. Agora, em vez de emitir todas as ações necessárias para atingir o montante (o que levaria a uma diluição significativa para os atuais acionistas), a companhia aérea está supostamente negociando com os arrendadores para que eles recebam a participação acionária de aproximadamente 20%.
Em relatório, o Goldman Sachs afirmou que, embora as negociações ainda não tenham sido confirmadas, elas podem permitir uma reavaliação das ações da Azul. “O risco potencial de diluição do instrumento de capital de US$ 570 milhões em aberto é uma das principais preocupações sobre as ações, conforme nossas conversas recentes com investidores, juntamente com preocupações de liquidez de curto prazo”, afirma o banco, que tem recomendação de compra para o papel, com preço-alvo a R$ 12,20.
A empresa ainda não divulgou nenhum comunicado ao mercado sobre o assunto. Em sua última atualização à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), divulgada na segunda-feira (9), a Azul anunciou uma revisão em seus resultados esperados para 2024. A empresa disse que espera aumentar a sua capacidade neste ano em aproximadamente 7% na comparação com 2023, abaixo do inicialmente previsto.
O ajuste no crescimento se deve principalmente à redução temporária da capacidade internacional da Azul no primeiro semestre do ano, aos atrasos dos fabricantes nas entregas de novas aeronaves e ao fechamento do Aeroporto de Porto Alegre, com reabertura parcial prevista para outubro.
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A Azul também revisou a projeção do Ebitda (lucro antes de juros, impostos depreciação e amortização) em 2024, que deve ficar acima de R$ 6 bilhões, inferior à projeção anterior principalmente devido à redução no crescimento da capacidade mencionada acima. Já a receita está estimada em R$ 20 bilhões neste ano, resultado impulsionado pelo ambiente de demanda saudável, receitas auxiliares robustas e o crescimento das unidades de negócio.