A Occam Brasil diminuiu sua exposição líquida em Bolsa brasileira, principalmente nos setores elétrico e bancário. As informações constam na nova carta mensal da gestora.
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“Após quatro meses de alta, o Ibovespa caiu 5,1% seguindo o movimento das bolsas americanas. Depois da alta de 20.000 pontos desde março, as ações locais sofreram ao digerir os resultados das empresas, que, em muitos casos, decepcionaram, e com o receio de aumento de tributação em diversos setores. A alta da taxa de juros longa americana também impactou os preços negativamente”, descreve a equipe de gestão da Occam.
Assim, após observar uma forte valorização, a gestora diz ter aproveitado para “aumentar o hedge (proteção) da carteira e diminuir a exposição líquida, principalmente nos setores elétrico e bancário, apesar de ainda acharmos setores interessantes, junto com os segmentos financeiro não-bancário e o de energia”.
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No mercado de juros, a gestora manteve as posições aplicadas (que apostam na queda) tanto em juros nominais curtos, quanto em juros reais longos. Há também posições que se beneficiam do processo de afrouxamento monetário.
No exterior, a Occam informa ainda gostar do setor de tecnologia, no qual fez um “pequeno aumento” de exposição. A gestora também manteve uma posição de proteção com empresas de consumo e entretenimento e posições aplicadas em juros nominais “em países nos quais acreditamos que os ciclos de cortes de juros serão mais intensos”.
Dólar
Em relação ao câmbio, ainda há posição vendida (que aposta na queda) no euro contra o dólar. “A Europa segue exibindo sinais de fraquezas no lado da atividade, mas ainda exibe uma inflação resiliente, trazendo uma preocupação com um possível quadro de estagflação para a região”, informa a carta mensal.
Em agosto, o Occam FIC FI Ações apresentou queda de 5,77%, ante perda de 5,1% do Ibovespa, seu índice de referência. Já o Occam Retorno Absoluto FIC FIM recuou 1,01% no mês, ante alta de 1,14% do CDI no mesmo período.