O banco Safra disse ter saído com uma boa impressão de uma reunião com o economista da Petrobras (PETR3; PETR4) Marcelo Claudino na sexta-feira (18) sobre as várias etapas da avaliação de projetos e aquisições da estatal. Em relatório publicado nesta segunda-feira (21), o Safra destaca os vários instrumentos de controle da governança da companhia, inclusive na possível recompra da Refinaria de Mataripe, na Bahia.
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A estatal se reuniu com representantes do mercado, na última sexta-feira, para apresentar a governança nas decisões de negócios, mostrando que os projetos passam por várias instâncias antes de serem aprovados, inclusive com avaliações externas, por meio dos comitês consultivos do Conselho de Administração.
“Saímos da reunião com uma posição positiva em relação aos controles existentes e à cultura corporativa, que consideramos importante manter em vigor. Recursos como várias camadas de validação e aprovação, premissas macro unificadas e informações técnicas e econômicas fornecidas por áreas que não estão diretamente envolvidas em um projeto específico devem funcionar para evitar erros cometidos no passado que levaram a uma alocação de capital antieconômica e a perdas financeiras”, disse no relatório.
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O banco descreveu todas as etapas de aprovação de um projeto pela petroleira, desde a identificação à aderência da estratégia da empresa com VPL (Valor Presente Líquido) positivo, até a aprovação pelo Conselho de Administração, passando pelos conselhos consultivos e várias outras áreas da companhia.
Além de todo o trâmite, o processo ainda é monitorado pelo departamento de conformidade, bem como por entidades reguladoras externas, como o Tribunal de Contas da União (TCU) e a Controladoria Geral da União (CGU).
Possível recompra da Mataripe pela Petrobras
No caso de recompra de um ativo, a análise da estatal seria baseada nas condições e premissas predominantes. O preço de venda anterior seria um ponto de atenção e um ponto de partida para as entidades de supervisão externa, mas a empresa entende que, se uma possível diferença de preço puder ser explicada por uma mudança nas premissas subjacentes, não deve haver nenhum obstáculo para uma transação.
“Em nossa opinião, isso poderia se aplicar à recompra da refinaria Rlam/Mataripe”, disse o Safra em nota sobre a refinaria privatizada no governo anterior por US$ 1,65 bilhão.
De acordo com a Acelen, braço do fundo de investimento árabe Mubadala no Brasil, que adquiriu a então Rlam (Refinaria Landulpho Alves) em 2021, foram feitos investimentos de cerca de R$ 2 bilhões desde a aquisição. Por outro lado, a presidente Magda Chambriard disse na semana passada que a compra da refinaria baiana não é uma prioridade da Petrobras (PETR3; PETR4).
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* Com informações do Broadcast