As ações ordinárias da Petrobras (PETR3) operam em forte queda nesta sexta-feira (8) na Bolsa brasileira e lideram as perdas do Ibovespa. Às 14h18, os papéis recuam 9,67%, cotados a R$ 37,29, após oscilarem entre máxima a R$ 37,36 e mínima a R$ 35,47.
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O movimento ocorre após a petrolífera divulgar seu balanço do quarto trimestre de 2023 e não anunciar o pagamento de dividendos extraordinários.
Em comunicado enviado ao mercado, a empresa informou que a distribuição de proventos proposta está alinhada à Política de Remuneração aos Acionistas aprovada em 28 de julho de 2023. “Em caso de endividamento bruto igual ou inferior a US$ 65 bilhões, a Petrobras deverá distribuir aos seus acionistas 45% do fluxo de caixa livre”, indicou a companhia.
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A decisão final sobre esse pagamento mínimo de dividendos será tomada durante a próxima assembleia geral ordinária, que reúne todos os acionistas da empresa e está programada para ocorrer em 25 de abril. Vale lembrar que a União detém a maioria das ações votantes.
Entre os relatórios que resultaram em corte de recomendação de compra para neutra para a empresa, a palavra decepção foi a mais utilizada. Esse foi o caso dos analistas de Santander, Bradesco BBI e Ágora. Veja nesta reportagem o que especialistas recomendam fazer com as ações após o anúncio do corte de dividendos.
Balanço
No quarto trimestre de 2023, a Petrobras reportou lucro líquido de R$ 31 bilhões, 28,4% a menos do que há um ano, e 16,6% superior ao registrado no trimestre imediatamente anterior. No acumulado de 2023, a Petrobras lucrou R$ 124,6 bilhões, 33,8% a menos do que em 2022.
Já o Ebitda (Lucros antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização), indicador que mede a capacidade de geração de caixa da companhia, ficou em R$ 66,8 bilhões no quarto trimestre de 2023, queda de 8,5% contra o quarto trimestre de 2022 e avanço de 1% em relação ao terceiro trimestre de 2023. O Ebtida recorrente, por sua vez, ficou em R$ 74,3 bilhões entre outubro e dezembro de 2023.
Para a Ativa Investimentos, que enxergou os números como neutros, o fator que pesa nas ações é a opção do conselho de administração de reter todo o potencial de dividendos extraordinários. “Quanto ao resultado, ainda que as suas receitas vieram inferiores que as nossas expectativas devido ao menor preço de cotação do Brent, seus custos e despesas não retiraram força do seu Ebitda recorrente”, destaca o relatório da casa.
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