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BTG analisa queda na produção da Petrobras (PETR4); confira o relatório

A avaliação leva em conta os dados divulgados pela Agência Nacional de Petróleo e Gás (ANP) sobre fevereiro

BTG analisa queda na produção da Petrobras (PETR4); confira o relatório
Petrobras (Foto: Adobe Stock)

Após divulgação dos dados da Agência Nacional de Petróleo e Gás (ANP) sobre os dados de fevereiro de Petrobras (PETR3; PETR4), o BTG Pactual (BPAC11) avalia a queda na produção de petróleo, que reduziu 1,9% na comparação mensal para 2,3 milhões de barris por dia, incluindo a estimativa do banco para a produção de líquido de gás natural (LGN) de aproximadamente 100 mil boe/d, especialmente o campo de Búzios, responsável por quase metade do declínio da produção. O campo produziu 598 mil b/d em fevereiro, queda de 3,8% na comparação mensal.

Em relatório divulgado a clientes, o banco explica que a orientação de produção da Petrobras para 2024 de 2,2 milhões de barris por dia inclui LGN, enquanto os dados de petróleo da ANP não. A análise do BTG incorporara, portanto, a previsão do banco de LGN para Petrobras.

“Aprofundando os dados de produção de Búzios, sua plataforma P74 produziu 81 mil b/d, 40 mil b/d abaixo da média de 2023. Acreditamos que a produção mais fraca no campo reflete apenas paradas já programadas para o ativo, portanto não consideraríamos isso negativo”, avaliam os analistas Pedro Soares, Thiago Duarte e Henrique Pérez.

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O time de analistas acredita que a maior parte das manutenções nos ativos upstream (exploração, perfuração e produção de petróleo) da Petrobras estão planejadas para o primeiro semestre de 2024. Em janeiro, o campo de Tupi, por exemplo apresentou uma queda substancial na produção devido aos resultados mais fracos da unidade flutuante de produção (FPSO) Maricá, que em fevereiro retornou a níveis de produção mais normalizados (+52% na comparação mensal).

“Não ficaríamos surpresos se Búzios fizesse o mesmo”, afirmam Soares, Duarte e Pérez. “Mais importante ainda, a produção média de petróleo da Petrobras de 2,33 milhões de barris por dia no acumulado do ano está 6% acima da orientação da empresa para 2024, apoiando a nossa tese de que a orientação parece conservadora, especialmente considerando que ainda há plataformas a atingir a sua capacidade total e um adicional estará conectado durante a segunda metade de 2024”, analisam.

O BTG destaca ainda no relatório a estabilidade operacional nos FPSOs Anna Nery e Anita Garibaldi, que entraram em operação no ano passado e o FPSO Sepetiba, integrado ao portfólio da estatal no último dia de 2023 e já está produzindo 13 mil b/d, +63% na comparação mensal. O banco acredita que a plataforma poderá produzir até cinco vezes essa quantidade ao longo do ano.

“Somos compradores de Petrobras. Reconhecemos que, no curto prazo, as discussões sobre governança corporativa podem ter um impacto mais significativo no desempenho das ações do que os seus fundamentos operacionais. Mas continuamos a acreditar que ela irá surpreender positivamente em termos de produção, mas também de geração de FCFE (fluxo de caixa livre para o acionista), o que acabará por levar a revisões positivas nas estimativas de pagamento de dividendos de mercado (ex-distribuição extraordinária)”, finalizam.

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