A Petrobras (PETR3; PETR4) tem um “grande potencial” de distribuição dividendos, conforme avaliação do UBS BB Investment Bank (UBS BB). O banco estima rendimento de 6,5% para o quarto trimestre deste ano e de 18% para 2024. Embora o Plano Estratégico 2024-28 tenha sido “conservador”, o UBS projeta que terá “surpresas positivas” da companhia sendo traduzidas em maiores fluxo de caixa e dividendos.
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“Nossas estimativas para níveis de distribuição mais atraentes são apoiadas em expectativas de dividendos extraordinários”, afirmam os analistas Luiz Carvalho, Matheus Enfeldt, Tasso Vasconcellos e Victor Modanese, em relatório.
Caso não haja pagamentos extraordinários (provavelmente concentrados nos lucros do quarto trimestre), o UBS BB prevê um rendimento de aproximadamente 14% para 2024, apenas um ligeiro prêmio em relação aos pares globais. Já as previsões para o valor dos dividendos acima da política são apoiadas pelas estimativas do banco de que o governo espera que a Petrobras pague entre 17 a 20% de rendimento de dividendos até 2024.
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Apesar das previsões, o UBS mantém a opinião de que a empresa está mudando gradualmente para uma estratégia que poderá proporcionar menores retornos aos acionistas, com uma deterioração da política de preços de combustíveis, da distribuição de dividendos, maiores investimentos em projetos de menores retornos e uma flexibilização na supervisão da governança.
O UBS ainda atualizou as estimativas para sua curva de preços do petróleo, passando de US$ 80 o barril (bbl) para US$ 87/bbl, em 2024, e de US$ 75/bbl para US$ 80/bbl, em 2026.
Em relação as ações da Petrobras, o UBS reitera recomendação de compra e eleva o preço-alvo da ON (ordinária) e da PN (preferencial) de R$ 42 para R$ 43. O aumento equivale a um potencial de valorização de 13,6% e 20,7%, respectivamente.