(Estadão Conteúdo) – O petróleo fechou em queda nesta segunda-feira, sob ajustes após a alta de cerca de 5% nos contratos em Nova York e Londres na semana passada. Investidores ainda monitoram as negociações para o possível retorno dos Estados Unidos ao acordo nuclear com o Irã, o que pode elevar a oferta de petróleo do país do Oriente Médio.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do petróleo WTI com entrega prevista para julho fechou em queda de 0,56% (-US$ 0,39), a US$ 69,23. Já o Brent para agosto teve igual queda (-US$ 0,40), a US$ 71,49 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).
“Com os preços do petróleo em um alto nível como o atual, a queda é apenas o resultado do mercado se beneficiando da valorização nos contratos”, segundo avalia a Rystad Energy, em relatório enviado a clientes. Diante deste movimento, a queda do dólar ante rivais, que costuma beneficiar o óleo, não foi suficiente para alterar a trajetória da commodity energética hoje.
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O mercado ainda fica de olho na possível retomada do acordo nuclear entre Irã e economias desenvolvidas, cujas negociações entram em uma semana crucial. Caso o pacto volte a vigorar, os EUA deve retirar sanções ao Irã, o que deixaria os produtores de petróleo do país livres para aumentar a sua oferta ao mercado global.
Para a Rystad Energy, no entanto, isto não explica a queda do petróleo hoje pois é um fato já precificado por investidores. Além disso, a aparente estagnação nas conversas pela volta do acordo também sugere que o mercado não esta se movendo com base nas negociações, conclui a consultoria.
A evolução da pandemia de covid-19 é outro assunto acompanhado por investidores. Países emergentes na América do Sul, África e Ásia-Pacífico ainda relatam alta nos casos da doença, como afirmou o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, em coletiva hoje. Há preocupação também com a disseminação da variante delta do sars-cov-2, identificada pela primeira vez na Índia e que pode atrasar a reabertura das atividades no Reino Unido, segundo disse ontem o secretário de Saúde do país, Matt Hancock.