O petróleo fechou em forte alta nesta segunda-feira (6). A commodity energética foi apoiada por avaliações mais positivas à respeito da variante ômicron do coronavírus, que segundo os primeiros estudos de autoridades sanitárias não tem provocado quadros graves da doença após a infecção. A alta dos preços do petróleo para janeiro pela Saudi Aramco também animou operadores e contribuiu para o avanço dos contratos.
Leia também
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do petróleo WTI para janeiro teve alta de 4,87% (US$ 3,23), a US$ 69,49, enquanto o do Brent para o mês seguinte subiu 4,58% (US$ 3,20) na Intercontinental Exchange (ICE), a US$ 73,08.
Principal driver para o óleo hoje, investidores ficaram mais tranquilos quanto ao possível impacto da variante ômicron do coronavírus sobre a demanda global. De acordo com o infectologista Anthony Fauci, que assessora o governo dos Estados Unidos em assuntos relacionados á pandemia, a nova cepa ainda não provocou nenhuma morte e os casos, até agora, apresentaram sintomas apenas moderados.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
Operadores “corrigiram os preços para cima, já que os sintomas da nova cepa parecem ser mais brandos do que a reação do mercado na semana passada inicialmente indicou. O mercado de petróleo parece agora estar convencido de que os níveis de preços mais altos são garantidos e os prêmios são adicionados às barganhas da semana passada”, comenta a Rystad Energy, em relatório enviado a clientes.
A consultoria ainda afirma que o aumento nos preços de venda oficiais para janeiro da Saudi Aramco também “pavimentaram o caminho para a alta do petróleo” hoje. “O aumento no preço sinaliza um claro aumento na demanda física na Ásia”, segundo a Rystad. De acordo com a S&P Global Platts, também houve aumento nos preços para o mercado dos EUA.
Para o TD Securities, no entanto, é possível que os ganhos do petróleo deixem os contratos mal precificados. A instituição avalia que a alta transmissibilidade da cepa ômicron – e não a sua baixa mortalidade – deve estar mais atrelada a eventuais restrições à atividade.
Além disso, o banco de investimentos cita as negociações entre países desenvolvidos e o Irã pela retomada do acordo nuclear de 2015, que pode aumentar a oferta global do óleo em caso de avanço nas tratativas, além da liberação de reservas estratégicas realizada pouco antes da última reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) na semana passada.
Publicidade