Os contratos futuros de petróleo fecharam em baixa nesta terça-feira (30), pressionados por perspectivas para a política monetária dos Estados Unidos. O Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) tem sua decisão marcada para amanhã, e sinais de inflação persistentemente alta fortalecem uma visão de que o banco central irá manter juros altos por mais tempo. Um dos efeitos é um dólar mais valorizado, o que pressiona o petróleo, cotado no ativo americano. As tensões geopolíticas no Oriente Médio são outro tema observado, com a expectativa de um potencial cessar-fogo entre Israel e Hamas limitando os prêmios de risco da commodity.
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O WTI para junho fechou em baixa de 0,85% (US$ 0,70), a US$ 81,93 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex). O Brent para julho recuou 1,00% (US$ 0,87), a US$ 86,33 o barril. No mês, as cotações recuaram mais de 1%.
Novas esperanças de um cessar-fogo entre Israel e o Hamas fizeram com que os preços do petróleo caíssem no início da semana, aponta o Commerzbank. Israel está preparando uma delegação que será enviada ao Cairo nos próximos dias para discutir o fim dos combates na Faixa de Gaza, disseram autoridades israelenses e egípcias nesta terça-feira.
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Por sua vez, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou hoje que a ideia de que o país irá “parar a guerra antes de alcançar todos os seus objetivos está fora de questão”. O israelense afirmou que o exército do país entrará em Rafah e eliminará os batalhões do Hamas nesta região ao sul da Faixa de Gaza “com ou sem acordo, a fim de alcançar a vitória total”.
Na visão do ANZ, um eventual endurecimento das sanções por parte dos EUA por conta do acirramento de tensões geopolíticas pode ter um impacto limitado, uma vez que o petróleo sancionado é desviado para fluir na Ásia. No geral, “estimamos que 300-500 mil barris de petróleo de petróleo possam ser afetados devido a sanções mais duras, afirma”.
Na última semana, o preço do petróleo bruto sinalizou uma oferta restrita, como ilustrado pelo aumento do preço do Brent para pouco menos de US$ 90 por barril e um alargamento dos spreads temporais, ou seja, os diferenciais de preços ao longo da curva a prazo, aponta o Commerzbank. Na sexta-feira, o contrato futuro de Brent com vencimento mais próximo custava US$ 1,3 a mais do que o contrato futuro seguinte, o que foi o prêmio mais elevado para o petróleo com entrega a curto prazo desde outubro de 2023, se forem excluídos os dias de vencimento do contrato no final do mês.