Por Letícia Simionato – Os contratos futuros de petróleo fecharam em queda, nesta segunda-feira. Os preços chegaram a subir durante a madrugada, diante de um maior sentimento de risco após o índice de gerentes de compras (PMI) composto da China de maio subir. Além disso, o óleo foi apoiado pela decisão da Arábia Saudita de elevar os preços de suas exportações de petróleo bruto para a Ásia e Europa. No entanto, o movimento não se sustentou, pois a commodity perdeu força após a notícia de que os Estados Unidos estudam permitir a venda de óleo venezuelano à Europa.
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O petróleo WTI para julho fechou em baixa de 0,31% (US$ 0,37), a US$ 118,50 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para agosto caiu 0,18% (US$ 0,21), a US$ 119,51 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).
O PMI composto chinês subiu de 37,2 em abril para 42,2 em maio, de acordo com pesquisa divulgada pela S&P Global e a Caixin Media. Mesmo vindo abaixo da marca de 50, que separa a expansão da contração, a leitura refletiu ganho de fôlego tanto na atividade industrial quanto em serviços. O dado trouxe certo alívio para o mercado em geral, que teve que digerir uma série de lockdowns em diversas cidades chinesas devido ao avanço da covid-19, o que trouxe preocupação do lado da demanda.
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As cotações de petróleo chegaram a subir aos maiores níveis desde março após a Arábia Saudita elevar os preços de suas exportações de petróleo bruto para a Ásia e Europa para o mês de julho, enquanto a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) se preparam para aumentar sua produção durante os próximos dois meses.
O movimento, porém, não se sustentou, pois os contratos perderam fôlego com reportagem da Reuters que informou que os Estados Unidos estudam permitir a venda de petróleo venezuelano à Europa. A petroleira italiana Eni SpA e a espanhola Repsol SA podem começar a enviar petróleo venezuelano para a Europa já no próximo mês para compensar o petróleo russo, disseram cinco pessoas familiarizadas com o assunto.
Por outro lado, de acordo com a Bloomberg, a Índia pretende dobrar as suas importações de petróleo cru da Rússia, à medida que as refinarias indianas buscam pela oferta barata da Rosneft, em meio ao boicote de atores internacionais à produção russa por conta da invasão à Ucrânia. O Barclays, por sua vez, elevou sua previsão para o preço do barril do petróleo tipo Brent em US$ 11 para 2022 e em US$ 23 para 2023, nos dois casos para US$ 111. Em relatório a clientes, o banco nota que a guerra da Rússia na Ucrânia continua, o que deve levar a mais sanções e provocar dificuldades para a oferta russa.
A análise destaca ainda capacidade ociosa limitada e um quadro limitado para crescimento na oferta dos Estados Unidos, fazendo com que os estoques sigam “apertados” no horizonte da previsão, a menos que ocorra uma desaceleração significativa na demanda.
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