O aluguel do brasileiro ficou mais caro nos últimos 12 meses. A afirmação vem de um levantamento do Índice FipeZAP+ de Locação Residencial, que analisa os preços do aluguel de imóveis residenciais em 25 cidades do país.
Os dados foram obtidos pelo site E-Investidor e mostram uma alta de 1,29% em maio de 2023, o que superou a inflação ao consumidor medida pelo IPCA/IBGE (+0,23%) e o resultado do IGP-M/FGV (-1,84%), e foi de 16,52% nos últimos 12 meses. No entanto, é válido destacar que mesmo com a alta em maio, os dados representam uma desaceleração no mercado, já que os índices de março (+1,75%) e abril (+1,68%) foram maiores.
Confira os índices de aumento de aluguel de imóveis no último mês em 11 capitais brasileiras:
- Florianópolis (+3,65%)
- Goiânia (+3,42%)
- Brasília (+1,87)
- Rio de Janeiro (+1,66%)
- Porto Alegre (+1,51%)
- São Paulo (+1,20%)
- Curitiba (+1,01)
- Fortaleza (+1%)
- Belo Horizonte (+0,85%)
- Recife (+0,16%)
- Salvador (+0,15%)
Com estes índices, o balanço parcial de 2023 mostrou uma alta de 7,76% no ano, o que superou a inflação ao consumidor do IPCA/IBGE (+2,95%) e o IGP-M/FGV (-2,58%).
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Outro dado que chama a atenção é o preço médio de locação residencial, que ficou em R$ 39,48 o metro quadrado em maio de 2023. Os imóveis de 1 dormitório tiveram a média de R$ 50,05 o metro quadrado; e os imóveis de 3 dormitório tiveram o preço médio de R$ 34,82 o metro quadrado.
Quando a análise é pela rentabilidade do aluguel, que calcula o preço médio de locação com o preço médio de venda para ter uma medida de rentabilidade, o levantamento do FipeZap+ apontou que o aluguel residente teve um retorno médio de 5,41% ao ano, o que demonstra um patamar inferior à rentabilidade média projetada de outras aplicações financeiras.
O economista do DataZap+, Pedro Tenório, analisou o relatório do Índice FipeZAP+ de Locação Residencial e informou a tendência do mercado de aluguel. “Existe uma tendência natural de desaceleração dos preços de locação, uma vez que a alta que ainda estamos vendo foi motivada pelo avanço significativo do mercado de trabalho em 2022 e também pela inflação mais alta. Mas não projetamos repetição dessas dinâmicas em 2023, o que deve impactar nesse movimento. O menor aumento do FipeZAP+ de locação em maio (1,29%) se encaixa nessa desaceleração natural do aluguel. O movimento ainda é incipiente, pois o mercado de trabalho surpreendeu positivamente até agora em 2023, refletindo o PIB acima do esperado no 1º trimestre, o que tem prolongado o aquecimento no mercado de locação”, afirmou ele.
Ao pensar nos próximos meses do ano, o economista diz que podem ter desaceleração, mas ainda com alta no preço. “A tendência é do aumento do aluguel, embora ainda em terreno positivo, continue caindo, ou seja, que os preços de locação aumentem em ritmo menor nos próximos meses. A questão é a velocidade desse ajuste uma vez que as condições externas positivas têm impulsionado o setor agropecuário, o que aquece a economia e o mercado de trabalho. Melhores condições externas e desempenho deste setor implicam em uma desaceleração mais lenta e longa, enquanto piores condições, serão refletidas em piora do mercado de trabalho e desaceleração mais forte do aluguel”, comentou.
O seu aluguel aumentou? Veja dicas para economizar
Com o aumento em uma conta básica como é o aluguel, os brasileiros sempre pensam em formas de economizar dinheiro para não entrar no vermelho no final do mês. Confira aqui uma lista com 7 dicas:
-Lista de compras: antes de ir ao supermercado, faça uma lista com tudo o que precisa comprar. Assim, você consegue visualizar todos os seus gastos e evita excessos na hora de passar pelos corredores do mercado.
-Evite delivery: deixe o delivery apenas para ocasiões especiais. Ao cozinhar em casa, você faz uma boa economia e ainda pode congelar o que sobrar para uma próxima refeição.
-Evite usar a luz durante o dia: para economizar na conta de luz, a melhor dica é desligar as lâmpadas ao longo do dia. Enquanto tiver luz natural, você não precisa ficar com a luz ligada dentro de casa.
-Economize água: você pode mudar os seus hábitos para reduzir o valor da conta de água. Fique menos tempo no banho e desligue a torneira ao escovar os dentes ou lavar a louça.
-Venda o que não usa mais: todo mundo tem excessos algum item em casa que não usa mais e ainda está em bom estado. Que tal vender? Com isso, você pode se desfazer de algum item que está estocando em casa e ainda ganhar um dinheirinho.
-Dê aulas: tem alguma disciplina que você domine e possa ensinar? Comece a dar aulas particulares, que podem ser presenciais ou à distância.
-Pesquisas remuneradas: algumas marcas realizam pesquisas remuneradas pela internet. Você pode se cadastrar em sites que agregam pesquisas remuneradas, mas atente-se se é um endereço seguro e responsável antes de enviar seus dados.
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