A S&P Global (S&P) rebaixou os ratings de crédito de emissor e de dívida da Light SESA (LIGT3) de ‘brCCC-‘ para ‘D’, em escala nacional. O rebaixamento, o segundo em uma semana, ocorre no mesmo dia em que a 3ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro avalizou medida cautelar que suspende a determinação de o grupo honrar as obrigações financeiras nos próximos 30 dias (sendo prorrogável por mais 30 dias), incluindo o serviço da dívida agregado de cerca de R$ 435 milhões em 15 de abril de 2023.
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Embora seja uma proteção extrajudicial, entendemos que a medida cautelar configura formalização da suspensão de pagamento das dívidas (standstill), a qual avaliamos como semelhante a um default, explica a S&P, em sua página oficial.
Além dos ratings de crédito de emissor e de dívida, a agência rebaixou também o rating de emissor de curto prazo na mesma escala. “Reavaliaremos a estrutura de capital do grupo e revisaremos os ratings ‘D’, uma vez que o plano de reestruturação de dívidas seja apresentado e aprovado”, completa a agência.
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O grupo deve priorizar investimentos de cerca de R$ 1 bilhão anualmente, dos quais R$ 800 milhões necessários à manutenção e expansão de suas redes de distribuição e manutenção da qualidade do serviço, com vistas a garantir a renovação da concessão de distribuição, que vence em junho de 2026.
No entanto, e considerando a urgência em encontrar uma solução de longo prazo para a estrutura de capital do grupo Light, a companhia anunciou sua intenção de renovar a sua concessão de distribuição antecipadamente.
“Em nossa visão, tais negociações com o Poder Concedente, o governo federal, e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para a renovação antecipada da concessão devem se estender ao longo de 2023 e 2024”, conclui a S&P.