O ex-ministro de Finanças do Reino Unido Rishi Sunak assumirá o cargo de primeiro-ministro do país, após a sua adversária Penny Mordaunt anunciar que se retirou da disputa na manhã desta segunda-feira (24). A notícia vem após relatos da imprensa britânica sugerirem que Sunak tinha apoio de mais da metade dos parlamentares do Partido Conservador britânico, o que abriu caminho para que ele suceda Liz Truss no cargo de premiê.
“Escolhemos o nosso novo primeiro-ministro. A decisão é histórica e mostra, mais uma vez, a diversidade e o talento de nosso partido. Rishi tem meu pleno apoio”, disse Mordaunt, em comunicado divulgado nas suas redes sociais.
De acordo com ela, a eleição de Sunak reflete a “necessidade atual por certeza” entre os membros do Partido Conservador. A escolha pelo ex-ministro ocorreu menos de uma semana após a atual premiê, Liz Truss, anunciar sua renúncia depois de apenas 44 dias no cargo.
As bolsas europeias operam em alta na manhã desta segunda-feira (24), após um rali em Wall Street e também na esteira de dados de crescimento melhores do que o esperado da China, fatores que deixaram números fracos da atividade econômica local em segundo plano. Por volta das 7h10 (de Brasília), o índice acionário pan-europeu Stoxx 600 avançava 1,05%, a 400,45 pontos.
Na sexta-feira (21), as bolsas de Nova York saltaram mais de 2% em meio à especulação de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) poderá moderar o ritmo de seus aumentos de juros.
Já a China divulgou hoje que seu PIB teve expansão anual de 3,9% no terceiro trimestre, maior do que se previa e sinalizando recuperação ante o trimestre anterior, embora o avanço seja um dos mais fracos em décadas, uma vez que a segunda maior economia do mundo ainda lida com os efeitos de severas restrições adotadas por Pequim para conter surtos de covid-19.
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Com o apetite por risco, ficou em segundo plano uma série de PMIs fracos da Europa, que só reforçou expectativas de que uma recessão é inevitável. Na zona do euro, o PMI composto atingiu em outubro o menor nível em 23 meses, segundo prévia da S&P Global. Na Alemanha, o mesmo indicador está no menor patamar em 29 meses. E no Reino Unido, no nível mais baixo em 21 meses.
A sucessão na liderança do Reino Unido, após a primeira-ministra Liz Truss anunciar sua renúncia na semana passada, inspirava cautela na bolsa inglesa, às 7h24 (de Brasília), quando o índice acionário FTSE 100 tinha leve alta de 0,11% em Londres, em um dia de volatilidade.
Em outras partes do continente europeu, também no horário acima, a Bolsa de Frankfurt subia 1,22% e a de Paris avançava 1,38%. As de Milão, Madri e Lisboa tinham ganhos de 1,08%, 1,73% e 0,59%, respectivamente.