O Safra considera que a potencial oferta primária de ações do GPA (PCAR3) de R$ 1 bilhão reduziria drasticamente o endividamento da companhia, portanto seria positiva em termos de balanço. Contudo, o banco pondera que a diluição resultaria em uma redução no preço-alvo do papel de R$ 4,50 para R$ 4,10, o que equivale a um potencial de valorização de 3,92% sobre o fechamento de sexta-feira (8).
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“O GPA possui atualmente uma posição de dívida líquida de R$ 3,0 bilhões, ou uma relação dívida líquida/Ebitda de 7,2 vezes (ex IFRS). Considerando a oferta de R$ 1,0 bilhão, a dívida líquida seria de R$ 2,0 bilhões, com alavancagem de 4,8 vezes; além disso, se considerarmos os recursos já anunciados provenientes da venda da participação do GPA no Éxito (EXCO32) e na C-Nova, a dívida líquida cairia para R$ 1,2 bilhão e a alavancagem para 2,8 vezes”, calcula o analista Vitor Pini.
O Safra diz ainda que provavelmente o Casino não participará da oferta de ações do GPA, visto que o grupo afirmou sua intenção de alienar ativos não essenciais. Isso “resultaria na diluição de sua participação atual de 40,9% para 20,4%, assumindo o preço médio de fechamento dos últimos 30 dias como base para estabelecer a quantidade de novas ações a ser emitido (270,6 milhões)”, pondera a casa.
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Pini afirma que continua vendo o GPA com uma grande lacuna de retorno sobre capital investido (ROIC) em relação a seus pares, visto o ROIC do GPA está em 3%, enquanto o do Assaí (ASAI3) está em 16% e o do Grupo Mateus (GMAT3), em 17%.
“Vale ressaltar que estamos considerando a margem Ebitda na parte inferior da faixa de guidance da empresa (8%-9%). Se assumíssemos o topo da faixa de guidance (9%), nosso preço-alvo seria de R$ 6,80 por ação, pós-oferta”, destaca o analista. Um preço-alvo de R$ 6,80 equivaleria a um potencial de valorização de 57% sobre o fechamento de sexta-feira.