Santander retira Nubank (ROXO34) e Copel (CPLE6) e inclui Bradesco (BBDC4) e Eneva (ENEV3) em sua carteira recomendada para outubro, ajustando pesos de Vale, Itaú e outras ações. (Imagem: Adobe Stock)
Sobre a retirada do Nubank, o Santander explica que embora continue gostando da instituição financeira, decidiu retirá-lo devido ao forte rali em setembro, onde apresentou avanço de 7%. Para a inclusão do Bradesco, a justificativa é de que o banco oferece mais alavancagem direta ao esperado ciclo de redução da Selic, além de continuar a executar seu plano de transformação.
“O caminho para a normalização é visível, em nossa visão, à medida que custos de financiamento mais baixos, ganhos de eficiência e um melhor ciclo de crédito apoiam o caso para o ROE [Retorno sobre o Patrimônio Líquido] retornar gradualmente para faixas médias a altas. Acreditamos que um ROE sustentável mais próximo de 17% até 2026 justificaria a reavaliação para cerca de 1,4 vez o valor contábil”, explicou o documento assinado pro Aline de Souza Cardoso e Guilherme Bellizzi Motta.
Na explicação pela retirada da Copel, o Santander destaca que a potencial venda de ações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômicos e Social (BNDES) pode se tornar um obstáculo para o desempenho das ações no curto prazo. Já para a inclusão da Eneva, a justificativa é de que o desempenho das ações devem se beneficiar do desdobramento termelétrico elevado até 2025 e continua a gerar fluxos de caixa atraente mesmo antes de contabilizar potenciais novos projetos, oferecendo uma taxa de retorno interna de cerca de 11%.
O documento destaca ainda que as conversas de mercado revelam que diversos investidores locais estão taticamente reduzindo suas exposições a ações ou estão rotacionando para setores mais defensivos.
“Compartilhamos a visão de que o índice brasileiro pode fazer uma pausa no próximo mês antes de retomar sua trajetória ascendente. Com isso em mente, nosso portfólio recomendada para outubro adota uma postura ligeiramente mais cautelosa: reduzimos o beta e diminuímos a exposição a nomes que tiveram ganhos acentuados nos últimos meses”, afirmou o Santander em relatório.
O banco explica também que o cenário global permanece construtivo para mercados emergentes e para o Brasil em particular, dado seu perfil de alto beta. Investidores estrangeiros, por sua vez, continuam a investir em ações brasileiras, com entradas totalizando R$ 18,3 bilhões nos últimos 12 meses, incluindo R$ 3,8 bilhões apenas em setembro.
Sobre o desempenho dos mercados em setembro, o Santander lembra que as ações globais enfraqueceram no final da semana, após uma corrida no meio do mês, à medida que os mercados reduziram a probabilidade de cortes de juros iminentes pelo Federal Reserve, após dados mais fortes de emprego. “Ao mesmo tempo, um ponto crescente de discussão entre investidores tem sido o fenômeno dos investimentos ‘circulares’ em IA, nos quais as mesmas grandes empresas de tecnologia atuam simultaneamente como financiadoras, fornecedoras de infraestrutura e clientes de empresas emergentes de IA.”
Em relação ao cenário local, o Ibovespa caiu modestamente, com small caps tendo desempenho inferior após um IPCA-15 mais forte do que o esperado, o que, em que na visão do Santander, reforça a postura de juros altos por mais tempo do Banco Central, afirmou o Santander. “Ainda assim, os aspectos técnicos do Ibovespa permanecem intactos e construtivos, com os preços se mantendo acima de todas as médias móveis chave. O desafio está menos no risco de queda e mais em saber se o índice pode reunir o impulso para romper a resistência, em nossa visão.”
Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação da Broadcast