

O acordo firmado entre a Telefônica Brasil (VIVT3) com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para migrar o serviço de telefonia fixa do regime de concessão para o de autorização tem potencial de destravar R$ 4,5 bilhões em ganhos (após impostos) para a companhia ao longo dos próximos anos, montante equivalente a cerca de 5% do seu valor de mercado.
A estimativa é dos analistas de telecomunicações do Safra, Silvio Dória e Carolina Carneiro, em relatório distribuído na quinta-feira (21). O acordo entre Telefônica e Anatel foi firmado em junho. Falta a aprovação final pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e pela Advocacia Geral da União (AGU), o que está prevista para o fim deste ano.
Com a mudança no regime, a companhia poderá desmobilizar boa parte da sua estrutura para manutenção da telefonia fixa – serviço que vem caindo em desuso – e poderá vender os bens reversíveis – que deveriam voltar à União após o fim da concessão. Em troca, terá que fazer investimentos em redes de internet em locais onde a cobertura ainda é carente.
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“Com a mudança para o regime de autorização, acreditamos que a Telefônica poderia economizar R$ 4,5 bilhões em perdas potenciais nos próximos anos, algo ainda não incluído em nossos modelos para a empresa“, afirmaram os analistas do Safra.
A conta considera diversos itens da Telefônica Brasil (VIVT3), como potenciais ganhos de R$ 675 milhões com vendas de imóveis, R$ 624 milhões com a venda das redes de cobre, e R$ 594 milhões com a reversão de provisões tributárias e fiscais relacionadas ao negócio.
* Com informações do Broadcast