A Tenda (TEND3) elevou as suas metas oficiais (guidances) para 2024, diante de resultados melhores do que o inicialmente previstos até aqui.
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A meta para a margem bruta ajustada foi ampliada da faixa de 29% a 31% para o novo patamar de 31% a 32% no ano. A empresa reportou margem bruta ajustada de 31,6% nos nove meses do ano.
A projeção para as vendas líquidas cresceu de R$ 3,2 bilhões a R$ 3,5 bilhões para a nova faixa de R$ 4,1 bilhões a R$ 4,4 bilhões. As vendas líquidas já chegaram a R$ 3,2 bilhões nos primeiro nove meses do ano.
Por fim, o guidance para o Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado foi elevado de R$ 375 milhões a R$ 425 milhões para R$ 500 milhões a R$ 550 milhões. Até aqui no ano, o Ebitda ajustado somou R$ 388,5 milhões.
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Todos esses guidance se referem apenas à divisão de negócios construtora. A outra divisão de negócios do grupo, a Alea, permaneceu com as projeções inalteradas.
O diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Tenda, Luis Maurício Garcia, afirmou que a elevação das projeções decorrem do nível de atividade melhor do que o esperado no começo do ano.
“A primeira razão para isso foi a força do Minha Casa Minha Vida”, afirmou, citando que o programa facilitou o acesso à aquisição de moradias pelas famílias de menor renda, das faixas 1 e 2, justamente onde a construtora atua.
A força do MCMV está relacionada a uma série de ajustes, como aumento dos subsídios nestes segmentos, redução dos juros, corte dos impostos para as construtoras e ampliação do prazo de financiamento, entre outras.
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Outro fator positivo, segundo Garcia, foi a disseminação de programas estaduais e municipais que oferecem subsídios extras para a população adquirir a casa própria via MCMV. “São vários programas distribuindo cheques estaduais” apontou, mencionando estados de São Paulo, Paraná, Pernambuco, entre outros.
Entre os programas habitacionais, um destaque é o Pode Entrar, da Prefeitura de São Paulo, que gerou R$ 532 milhões em contratos para a Tenda e que passarão a ser apurados nos balanços a partir do quatro trimestre.
O diretor Financeiro acrescentou que a melhora da margem da Tenda também está relacionada ao aumento da eficiência da operação. Mesmo com o INCC subindo, a companhia apurou economia de R$ 4,1 milhões nas obras.
“Isso veio de aprendizados decorrentes de problemas que tivemos no passado. Focamos mais em melhora de processos e na inovação desde a concepção dos projetos até a parte de engenharia”, disse. Na prática, isso se traduziu, por exemplo, em melhor aproveitamento de terrenos e corte de desperdícios na produção. Apesar da subida do INCC, Garcia disse que está confiante na manutenção dos custos sob controle.
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Olhando para frente, outra notícia positiva para a Tenda (TEND3) foi a aprovação do orçamento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para o MCMV em 2025, com aumentos significativos de 38% e 30% no número de unidades destinadas às faixas 1 e 2 do programa, respectivamente – segmento onde a empresa atua.
* Com informações do Broadcast