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Treasuries fecham em alta com dados dos EUA no radar

A falta de pressa do Fed para começar a cortar juros tende a manter os retornos

Treasuries fecham em alta com dados dos EUA no radar
Treasuries. Imagem: Adobe Stock

Os retornos dos Treasuries – títulos públicos americanos – chegaram a operar perto da estabilidade, mas ganharam fôlego ao longo do dia, em meio à publicação de indicadores dos Estados Unidos e declarações do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). Os sinais em geral positivos da economia e a falta de pressa do Fed para começar a cortar juros tendem a manter os retornos apoiados, em dia também de leilão do Tesouro americano.

No fim da tarde em Nova York, o juro da T-note de 2 anos subia a 4,990%, o da T-note de 10 anos avançava a 4,634% e o do T-bond de 30 anos tinha alta a 4,732%. Na agenda de indicadores dos EUA, os pedidos de auxílio-desemprego seguiram em 212 mil na última semana, quando analistas ouvidos pela FactSet previam 215 mil.

O Citi avaliou que as solicitações sugerem um relatório mensal de empregos (payroll) ainda “sólido” em abril no país. O Oxford Economics, por sua vez, comentou que o mercado de trabalho forte dá ao Fed espaço para esperar, com a consultoria avaliando agora que o primeiro corte de juros virá não mais em junho, mas em setembro, em linha com a precificação atual dos mercados.

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Ainda na agenda de dados, as vendas de moradias usadas caíram 4,3% em março ante fevereiro, quando analistas projetavam queda de 5,3%. A Capital Economics atribui a fraqueza aos juros de hipoteca mais elevados, e a consultoria projeta apenas recuperação contida até o fim de 2025.

Entre dirigentes do Fed, o presidente da distrital de Nova York, John Williams, reafirmou a paciência, sem pressa de reduzir as taxas em ambiente econômico ainda forte. Raphael Bostic (Atlanta), por sua vez, comentou que o corte nos juros poderia ficar apenas mais para o fim deste ano, ao prever um caminho lento até a meta de inflação de 2% do banco central. Ainda hoje, o Tesouro americano informou que um leilão de US$ 23 bilhões em títulos atrelados à inflação (Tips) de 5 anos teve rendimento máximo de 2,242%.