Os retornos dos Treasuries subiram nessa sessão, frente a sinais de arrefecimento nas turbulências sobre sistemas bancários dos Estados Unidos e da Europa, o que melhorou o apetite por risco.
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No fim da tarde em Nova York, o juro da T-note de 2 anos avançou a 4,178%; o da T-note de 10 anos subiu a 3,566% e do T-bond de 30 anos avançou a 3,712%.
A saúde do sistema bancário esteve no centro das atenções dos investidores e “dirigiu” as negociações nesta semana, segundo o BMO Capital Markets. Hoje, os juros dos Treasuries avançaram após intervenções de apoio ao Credit Suisse e First Republic Bank aliviarem preocupações de contágio nos sistemas bancários dos Estados Unidos e da Europa. Além disso, a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, garantiu que os dirigentes mantém seu compromisso no combate à inflação e estão prontos para auxiliar o sistema bancário europeu, caso necessário, após o banco central elevar sua taxa em 50 pontos-base (pb).
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Com a estabilização nas turbulências, o mercado passou a precificar com maior intensidade (80,5%) uma alta de 25 pb na próxima reunião monetária do Federal Reserve (Fed), segundo ferramenta de monitoramento do CME Group. Há pouco, a plataforma também demonstrava chances em torno de 19% de que a faixa de juros deve voltar ao nível atual até dezembro. Em relatório, o Rabobank avalia que a alta é possível, considerando a necessidade de o Fed sinalizar compromisso contra a inflação e evitar qualquer desancoragem das expectativas.
Já o CEO e diretor de Investimentos da U.S. Global Investors, Frank Holmes, analisa que o Fed ainda pode considerar pausar ou até reverter sua política restritiva em meio ao risco de falhas sistêmicas nos bancos americanos. Para Holmes, se os temores de uma crise bancária severa persistirem, o rali nos preços Treasuries pode continuar, em especial sobre os de curto prazo, que seriam uma melhor opção para investidores interessados em preservar seu capital.
