Os retornos dos Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano) subiram nesta segunda-feira (11), na véspera da divulgação de dado inflação nos EUA. É esperado que o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) mostre mais uma aceleração – o que, caso se concretize, será um prato cheio para os dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) que queiram esperar um pouco mais antes de começar a cortar juros.
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Às 17h (de Brasília), o yield da T-note de 2 anos subia a 4,536%, ante 4,482% na sessão anterior. Já o da T-note de 10 anos avançava a 4,096%, contra 4,083% no pregão passado. O do T-bond de 30 anos tinha alta a 4,261%, ante 4,257% previamente.
O ANZ observou que o juro da ponta curta subiu mais acentuadamente do que a ponta longa, refletindo um reposicionamento dos mercados à medida que eles se ajustam para o CPI dos EUA.
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A mediana dos 25 analistas consultados pelo Projeções Broadcast aponta que o CPI deverá avançar 0,4% em fevereiro, ante janeiro. O número representaria uma leve aceleração, depois da alta mensal de 0,3% de janeiro que à época superou expectativas. Na comparação anual, o consenso é de um avanço de 3,1%, repetindo a leitura do mês anterior.
Hoje, o Fed de Nova York informou que os consumidores americanos mantiveram as expectativas de inflação para o horizonte de um ano, mas elevaram suas previsões para os intervalos de três e cinco anos.
Os retornos de maior prazo caíram durante boa parte da manhã e fixaram alta conforme se aproximava a tarde. Às 14h, O resultado de um leilão de US$ 56 bilhões em T-notes de 3 anos, com demanda marginalmente abaixo da média, impôs alguma pressão à curva, embora não o suficiente para jogar os juros em território de baixa.