O anúncio da mudança na presidência do Bradesco (BBDC4), feito na última quinta-feira (23) pelo banco, pode fazer com que alguns investidores vendidos no papel fiquem mais preocupados em manter a posição, e trazer outros para que reexaminem a tese. A avaliação é do BTG Pactual (BPAC11), que considera que ainda assim, a recuperação dos resultados do banco deve ser gradual.
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Ontem, o Bradesco anunciou que Marcelo Noronha, até então vice-presidente responsável pelo varejo do banco, será o novo presidente. Ele substitui a Octavio de Lazari Junior, que comandava o conglomerado desde 2018, e será apenas o sexto presidente do banco em 80 anos de história.
O analista Eduardo Rosman afirma que Noronha tem experiência e competência, mas que ainda assim, o banco tem um longo caminho adiante. “Mesmo com um altamente competente Noronha ao leme, a recuperação será longa e, em nossa visão, irregular”, escreve ele, em relatório enviado a clientes.
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O BTG considera que o mercado interpreta a troca de comando como uma resposta ao desempenho mais fraco do Bradesco no último ano. O banco interpreta ainda como uma mudança que mostra maior “senso de urgência” por parte da instituição.
Para Rosman, embora o movimento tenha sido atípico, dado que os presidentes do Bradesco historicamente têm mandatos mais longos, não foi surpreendente, porque Noronha é um veterano no banco.
O BTG mantém recomendação neutra para as ações do Bradesco, com preço-alvo de R$ 17, 5,3% acima do fechamento de ontem.