O Itaú BBA elevou a recomendação da Usiminas (USIM5) de venda para neutra, incorporando nova curva de preços do minério de ferro, novas premissas de preço do aço e benefícios esperados pela reforma do Alto-forno nº 3. Além disso, o banco introduziu novo preço-alvo de R$ 9,50 para o fim de 2024, contra R$ 7,00 anteriormente.
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“Vemos as ações sendo negociadas a 3,8 vezes o valor da empresa em relação ao resultado operacional (EV/Ebitda) em 2024, mas o potencial de valorização limitado de 12% e a fraca geração de caixa ainda nos impedem de ser mais otimistas em relação ao papel. Desta forma, elevamos nossa recomendação de venda para neutra (desempenho em linha com a média do mercado)”, afirmam os analistas Daniel Sasson, Edgard Pinto de Souza, Marcelo Furlan Palhares, e Barbara Soares, em relatório.
O múltiplo de 3,8 vezes o EV/Ebitda em 2024 também parece barato em comparação com os níveis históricos, segundo o banco. O BBA estima que a produção de aço no Alto-forno nº 3 poderá retornar à plena capacidade de 3 milhões de toneladas por ano, resultando em ganhos de produtividade em torno de 30%. Além disso, a Usiminas diz que espera ganhos de 9% em eficiência de combustível e de 20% no consumo de coque, em comparação com o período anterior às obras de manutenção.
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“No geral, para o negócio de aço, estimamos Ebitda de R$ 2,2 bilhões em 2024 (versus R$ 170 milhões em 2023), impulsionado principalmente por uma queda de 10% em um ano nos custos, o que deve mais do que compensar uma queda de 5% nos preços realizados do aço no mercado interno”, dizem Sasson, Souza, Palhares e Soares.
Sobre a divisão de mineração, o BBA cita que o Ebitda deve ser de R$ 835 milhões, acima da estimativa anterior de R$ 364 milhões, visto que a estimativa para o minério de ferro subiu de US$ 90 por tonelada para US$ 110 por tonelada em 2024. Em relação ao Ebitda total da companhia, o BBA estima R$ 3,2 bilhões em 2024, alta de 9% ante projeção anterior.
