O sócio-fundador da Verde Asset Management, Luis Stuhlberger, avalia que a China não vai viver uma quebra abrupta equivalente à crise gerada pelo colapso do Lehman Brothers, em 2008.
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Ele estima que as taxas de crescimento da chinesas serão cada vez menores, numa queda lenta e gradual, e o gigante asiático exportará deflação para o mundo todo. “A China vai se convencer que o menor dos males é desvalorizar a própria moeda”, disse em painel na Latin America Investment Conferece (LAIC), realizada pelo UBS em São Paulo nesta terça-feira (30).
A balança comercial chinesa, porém, é ainda um indicador que vai muito bem, comenta Stuhlberger. “Estão exportando bens de melhor qualidade. Não só para Estados Unidos, mas para mercados emergentes e Rússia.”
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O gestor enxerga que os mercados estão prontos para uma realidade com juros mais altos nos EUA de forma permanentemente. “Mesmo com inflação americana de 2% ao ano, se tiver Fed Funds a 4% ao ano, ainda vai ter percepção de juros real alta”, afirmou.
Stuhlberger comenta ainda que o Banco Central Europeu (BCE) foi o último a começar a subir juros. “Eles enxergaram pelo retrovisor a inflação chegando, agora fazem a mesma coisa com a inflação desacelerando.” Isto leva a um cenário positivo para investimentos em mercados emergentes, aponta o gestor.