Os mercados no exterior operam sem direção única nesta quarta-feira (31) de decisões de políticas monetárias. O viés é negativo, mesmo diante da continuidade da queda nos rendimentos dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense).
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A fraqueza dos mercados se dá na esteira da safra de balanços, com gigantes da tecnologia pressionando o índice Nasdaq. Na Europa, os mercados digerem os números trimestrais do Santander (SANB11) e os dados de vendas no varejo da Alemanha, que mostraram uma queda inesperada em dezembro.
O destaque fica com o anúncio do Federal Reserve (Fed, banco central estadunidense) que define sua política monetária, com expectativa de que esta se mantenha entre 5,25% a 5,50%. Jerome Powell, presidente da instituição, fala em seguida e pode dar sinais do início dos cortes da taxa básica no país.
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A cotação futura do minério de ferro despencou 3,08% em Dalian, em meio aos receios com o mercado imobiliário chinês, mas principalmente em resposta ao índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) industrial que indicou contração pelo quarto mês consecutivo.
Já os contratos futuros de petróleo recuam cerca de 1%, aparentemente em uma correção técnica, uma vez que as tensões no Oriente Médio continuam adicionando volatilidade na cotação da commodity. No câmbio, o dólar exibe ganhos limitados frente a outras moedas fortes.
Por aqui, em meio a pressão das commodities e indefinição das bolsas internacionais, o EWZ –principal ETF da bolsa brasileira negociado em Nova York – indicava continuidade das quedas no pré-mercado, sugerindo que a última sessão de janeiro pode ser negativa.
Na agenda local, o mercado fica de olho nos dados da Pesquisa Nacional de Amostras por Domicílio (Pnad) Contínua, com a taxa de desemprego no trimestre encerrado em dezembro no radar. O início da temporada de balanços do 4º trimestre de 2023 ocorre com números do Santander Brasil.
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Por fim, o Comitê de Política Monetária (Copom) anuncia sua decisão de política monetária, no fim da tarde. A expectativa é de que haja novo corte de 0,5 pontos percentuais na taxa básica de juros, a Selic.
Agenda econômica
Brasil: A agenda local conta com a Pnad Contínua, às 9h, e a decisão de política monetária após o fechamento dos negócios. Entre os eventos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se encontra com o Ministro da Justiça, Flávio Dino, para uma entrevista coletiva.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, terá reunião com os ministros Marcio França, do Empreendedorismo, Wellington Dias, do Desenvolvimento e Assistência Social, e Luiz Marinho, do Trabalho. O encontro está agendado para as 17h.
EUA: O destaque fica por conta da decisão de política monetária do Fed, às 16h, seguido da coletiva do presidente da instituição, Jerome Powell, às 16h30.
Mais cedo, são esperados o relatório ADP de empregos no setor privado, às 10h15; o índice de custo de emprego do 4º trimestre de 2023, às 10h30; e o PMI de janeiro às 11h45. Na safra de balanços, Mastercard e Boeing divulgam seus resultados antes da abertura dos negócios.
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Europa: Às 10h, está prevista a divulgação da inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de janeiro, da Alemanha.
China: Nesta madrugada, foi conhecido o PMI industrial chinês, medido pelo Escritório Nacional de Estatísticas do país (NBS, na sigla em inglês). Houve avanço de 49 pontos em dezembro, para 49,2 em janeiro, em linha com o esperado, mas abaixo de 50. Enquanto isso, o PMI de serviços avançou para 50,7 em janeiro, acima das projeções que apontavam para 50,6.
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