Apesar da escalada das tensões geopolíticas no Oriente Médio durante o final de semana, as principais bolsas europeias têm alta leve, enquanto os índices futuros em Nova York indicam que os mercados americanos podem recuperar parte do tombo da última sexta-feira (12).
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Obviamente, o tom de cautela persiste entre os investidores, especialmente diante do risco de Israel retaliar ao disparo pelo Irã de uma série de mísseis e drones, mas a fala da missão iraniana na ONU de que a questão “pode ser considerada concluída” apazigua um pouco dos ânimos. Inclusive, fora do mundo das bolsas, os rendimentos dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) sobem, com menor demanda por proteção, os contratos futuros do petróleo caem abaixo de US$ 90 por barril e os preços futuros do minério de ferro subiram 2,18% na madrugada em Dalian, refletindo o maior otimismo sobre demanda chinesa e as expectativas de recuperação econômica do país e de um potencial apoio ao seu setor imobiliário – segundo as notícias, a China fornecerá apoio financeiro para alguns projetos imobiliários.
O humor internacional, somando às possíveis medidas chinesas de apoio à economia, devem sustentar alguma reação positiva do Ibovespa neste início de semana. Ainda assim, a recuperação deve continuar sendo tímida, em função das dúvidas relacionadas ao front fiscal – e, neste sentido, o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2025 e a expectativa sobre uma eventual mudança da meta fiscal é o que definirá a direção dos mercados locais.
Agenda econômica:
Brasil: Nesta segunda-feira, a equipe econômica divulga o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2025 (16h30), seguido de entrevista coletiva (17h), assim como os dados semanais da balança comercial também serão publicados (15h).
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O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, participa da abertura da primeira reunião presencial do Grupo de Trabalho de Transições Energéticas do G20 (9h). O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apresenta uma nova estratégia para assentar mais famílias agricultoras (16h). O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, cumpre agenda em Nova York onde faz palestra (15h).
Além disso, o governo pode mandar os projetos de regulamentação da reforma tributária à Câmara e, nos próximos dias, são esperados o Índice Geral de Preços (IGP-10) de abril, na terça-feira (16), o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-BR), na quarta-feira (17), além de sessão deliberativa do Congresso na quinta-feira (18), para votar os vetos presidenciais a matérias aprovadas pelos parlamentares.
EUA: O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, participa de evento nesta terça-feira, quando o Fundo Monetário Internacional (FMI) divulga o relatório Perspectivas da Economia Mundial. Nesta segunda-feira, estão programadas as vendas no varejo em março (9h30), o índice de atividade industrial Empire State de abril (9h30) e a confiança das construtoras (11h), além de falas da presidente do Fed de São Francisco, Mary Daly, em evento (21h).
Europa: Estão previstas falas da dirigente do Banco da Inglaterra (BoE), Sarah Breeden (8h15) e do economista-chefe do Banco Central Europeu (BCE), Philip Lane (9h) e, nos próximos dias, o destaque é a inflação ao consumidor da zona do euro, na quarta-feira (17). Mais cedo, a produção industrial da zona do euro subiu 0,8% em fevereiro ante janeiro, em linha com a previsão. No confronto anual, por outro lado, a produção industrial do bloco apresentou contração de 6,4% em fevereiro, mas neste caso o consenso era de declínio menor, de 5,5%.
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China: O Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre e os dados de março de produção industrial, investimentos em ativos fixos e vendas no varejo serão conhecidos hoje à noite (23h).
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