
Os mercados financeiros globais seguem sem direção única nesta terça-feira (1º), refletindo a tensão em torno da votação do orçamento proposto pelo presidente dos EUA, Donald Trump, no Senado do país. Apesar de sinais do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) sobre possíveis cortes de juros ainda este ano, os rendimentos dos Treasuries (títulos públicos dos EUA) avançam, enquanto o dólar hoje apresenta leve viés positivo frente às principais moedas.
Já as bolsas de valores em Nova York e na Europa operam de forma mista, com investidores atentos às negociações comerciais e riscos fiscais crescentes. Entre as commodities, o petróleo sobe quase 1%, sustentado por dados industriais positivos na China, e o cobre também se valoriza.
No Brasil, o Ibovespa hoje tem avanço, sustentado pela expectativa de corte da Selic, mesmo diante do aumento das tensões entre Executivo e Legislativo após o governo recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para restaurar o decreto do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A medida elevou o dólar hoje e os juros futuros, refletindo o quadro de incerteza fiscal. Ainda assim, sinais de desaceleração da inflação e do mercado de trabalho reforçam a perspectiva de flexibilização monetária à frente.
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Por volta das 13h30, o principal índice da B3 subia 0,52% aos 139.582 pontos, enquanto o dólar avançava 0,44% frente ao real, cotado a R$ 5,46.
Ações de destaque do Ibovespa hoje
Entre as ações que compõem o Ibovespa, a Embraer (EMBR3) lidera os ganhos após anunciar a venda de 45 jatos E195-E2 para a Scandinavian Airlines, em um contrato que pode chegar a US$ 4,8 bilhões. O movimento reforça a robustez da carteira de pedidos da companhia e anima os investidores. BB Seguridade (BBSE3) também avança com anúncio de dividendos, enquanto Telefônica (VIVT3) e Iguatemi (IGTI11) sobem com expectativas de reestruturações.
No lado oposto, Azzas (AZZA3) e varejistas como Magazine Luiza (MGLU3) e Natura (NTCO3) recuam com realização de lucros e alta dos juros futuros. Mesmo com o petróleo em alta, petroleiras como a Prio (PRIO3) e PetroReconcavo (RECV3) operam no vermelho, refletindo ajustes técnicos e cautela com o cenário externo.
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