O mercado financeiro no exterior opera novamente sem direção definida nesta quarta-feira (2), refletindo a combinação de dados fracos do mercado de trabalho nos EUA e as expectativas em torno das negociações comerciais conduzidas pelo presidente do país, Donald Trump. Apesar da inesperada eliminação de empregos no setor privado americano — sinalizando possível desaceleração da atividade e alívio inflacionário — os rendimentos dos Treasuries (títulos de dívida estadunidense) mantêm a trajetória de alta iniciada na véspera.
O dólar hoje segue fortalecido globalmente, com destaque para sua valorização frente a moedas emergentes. Entre as commodities, o minério de ferro avançou 1,69% em Dalian, na China, enquanto os contratos futuros de petróleo operam em alta moderada, ampliando os ganhos da sessão anterior, à espera da reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) marcada para o próximo domingo (6).
No Brasil, o Ibovespa hoje recua em meio a um movimento de realização de lucros e reposicionamento de carteiras típico do início de semestre. A valorização das commodities ajuda a suavizar as perdas, com destaque para os papéis ligados a petróleo e mineração. No câmbio, o dólar recua diante do fluxo positivo e do suporte vindo das commodities, enquanto os juros futuros sobem levemente, refletindo as incertezas fiscais locais.
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Ainda assim, declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a possibilidade de conciliação no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) ajudam a conter pressões mais intensas. Por volta das 13h45, o principal índice da B3 caía 0,29%, aos 139.152 pontos, enquanto o dólar recuava 0,59%, cotado a R$ 5,43.
Ações de destaque no Ibovespa hoje
Entre as ações que compõem o Ibovespa, os destaques positivos ficam com os papéis ligados às commodities, impulsionados pela alta do minério de ferro e do petróleo. Vale (VALE3) e siderúrgicas avançam com força após dados positivos da economia chinesa e revisão na projeção de produção de pelotas. As petroleiras acompanham o movimento de alta do barril do tipo Brent. Em contrapartida, varejistas e bancos lideram as perdas, pressionados pela elevação dos juros futuros e pela realização de lucros. Grupo Pão de Açúcar, o GPA (PCAR3), e Klabin (KLNN11) destoam com ganhos, sustentadas por fundamentos operacionais mais sólidos.
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