Minuto E-Investidor

Por que os fundos cobram taxa de performance?

A taxa padrão cobrada por um fundo de investimento é a combinação de 2% de taxa de administração e 20% de taxa de performance.

Já comentei aqui neste Minuto E-Investidor que a taxa de administração é obrigatória, e o que mais importa para o investidor é entender se o fundo é ativo ou passivo para que a taxa de administração não seja um peso.

Agora, a taxa de performance é opcional, e bastante controversa.

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Ela existe por escolha das gestoras e são utilizadas para estimular o trabalho de um profissional a alcançar retornos maiores.

E sempre reforçando que retornos maiores também implicam em correr mais riscos. 

Isso precisa ser explícito e de conhecimento do investidor.

Então, um fundo que tem taxa de performance vai cobrar 20% sobre o que exceder o seu benchmark, ou seja, o seu índice de referência.

Pode ser o CDI, o Ibovespa, o dólar e até a inflação.

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A cobrança é feita da seguinte maneira: 

A cada semestre a gestora do fundo desconta automaticamente essa taxa.

Como exemplo para o cálculo vamos pegar um fundo hipotético que utilize o Ibovespa como referência.

Num semestre o Ibovespa alcançou rentabilidade de 5%, e o fundo de 10%. É essa diferença que será utilizada para calcular a parte que entra como compensação para o gestor.

No nosso exemplo, que já considera o desconto da taxa de administração, o gestor ficaria com 1% sobre o total investido pelo fundo naquele determinado semestre.

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Agora, essa cobrança é controversa porque muitos defendem que conquistar o maior retorno possível para o investidor é a obrigação de um gestor.

O seu incentivo já está na taxa de administração. E colocar uma cobrança extra é abocanhar parte dos ganhos do investidor.

Além disso, há os que criticam a taxa de performance pois ela se transforma na carta branca para o gestor fazer o que for preciso em busca de uma rentabilidade maior para ele, e nem sempre em benefício do cotista

O que vale? O melhor é a transparência, porque a escolha e a confiança no gestor e na gestora devem partir de você, investidor.

Eu sou o Márcio Kroehn, editor-chefe do portal E-Investidor, e esse foi o Minuto E-Investidor de hoje.

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Até o próximo.