Os mercados globais operam sob forte aversão ao risco nesta terça-feira (18), com bolsas na Ásia e Europa em queda expressiva e os índices de Nova York recuando em torno de 1%, pressionados por sinais mistos da economia americana após o fim do shutdown.
O relatório ADP mostrou queda no emprego privado, trazendo algum alívio, mas a confiança das construtoras acima do esperado reacendeu preocupações sobre a resiliência da atividade. A busca por proteção derruba os rendimentos dos Treasuries, enquanto o dólar oscila frente às principais moedas. Entre as commodities, o petróleo segue instável, refletindo tensões geopolíticas e sinais de oferta mais apertada no curto prazo.
No Brasil, o Ibovespa acompanha o tom negativo do exterior e recua – ainda que em menor magnitude – em meio à liquidação extrajudicial do Banco Master pelo BC, fato que gera cautela adicional entre investidores, embora analistas descartem risco sistêmico. Por volta das 14h30, o índice caía 0,12%, próximo dos 156.806 pontos, com pressão sobre ações de grandes bancos e blue chips. No câmbio, o dólar à vista recuava levemente (-0,14%), cotado a R$ 5,32, enquanto os juros futuros mantinham estabilidade.
Entre as ações que compõem o Ibovespa, o setor financeiro lidera as perdas após a liquidação do Banco Master, com Banco do Brasil (BBAS3) recuando mais de 1,8% e demais bancos em baixa moderada. No lado positivo, Marcopolo (POMO4) avança mais de 3% após anunciar dividendos robustos. Já as petroleiras apresentam desempenho misto, e Vale (VALE3) recua, apesar da alta do minério em Dalian, refletindo preocupações com provisões adicionais ligadas ao desastre da Samarco.
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