Renda Fixa: entre isenção de IR e rendimentos, qual é a fórmula para decidir entre CDB, LCA e LCI?

A Selic está baixando e isso mexe com as expectativas dos investidores para compor uma carteira equilibrada em ativos da Renda Fixa.

Afinal de contas, apesar do mercado já vislumbrar a Selic se aproximando dos 10%, os juros básicos ainda estão altos, tornando ativos como CDB, LCA e LCI bastante atrativos.

No geral, títulos de emissão bancária pagam mais do que os títulos públicos e têm menos exposição ao risco em relação ao crédito privado (debêntures).

Outra vantagem: investidores pessoa física com até R$ 250 mil em ativos são cobertos pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC).

Por fim, e não menos importante, os CDBs têm tabela regressiva do Imposto de Renda, que começa em 22,5% em aplicações de até 180 dias, caindo progressivamente até 15%, depois de 720 dias.

Este ponto é essencial pois as letras de crédito são isentas de IR, pois ajudam a fomentar investimentos ligados ao agronegócio (LCA) e imobiliários (LCI).

Onde então investir?

Bruna Allemann, da Nomos, utiliza uma fórmula simples para ajudar a resolver a questão: (1-(alíquota do IR / 100)) x CDI da aplicação.

Um exemplo prático, para um CDB resgatado depois de 720 dias (e portanto, com alíquota do IR de 15%), com CDI de 126%:

(1-(15/100)) x 126 = 107,1

O resultado líquido é de 107,1% do CDI, mais atraente do que, digamos, uma LCA que pague 100% do CDI, mesmo sendo isento de IR.

Riscos de LCA e LCI

Além do retorno, atente-se também ao fator risco. Procure emissores com bom histórico de pagamentos, gerenciamento de risco e reconhecimento no mercado.

Apesar do risco relativamente baixo, lembre-se que em um cenário de juros altos o setor imobiliário costuma sofrer e que bancos menores podem quebrar e não honrar seus títulos.

Liquidez

Além do risco e retorno, atenção às carências regulatórias de 90 dias de LCAs e LCIs.