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Comportamento

Brasileirão 2024: Veja como investir e lucrar com os times da série A

A melhor forma é comprar títulos de dívidas, que são conhecidos como debêntures

Brasileirão 2024: Veja como investir e lucrar com os times da série A
O Campeonato Brasileiro de futebol termina em 8 de dezembro (Foto: Envato Elements)
  • 40% dos times do Brasileirão são reconhecidos como Sociedades Anônimas do Futebol
  • Nenhum dos oito times reconhecidos como SAFs fizeram oferta de ações
  • Atlético-MG, Bahia, Botafogo, Cruzeiro, Cuiabá, Fortaleza, Red Bull Bragantino e Vasco são os times que operam no modo SAFs

O Campeonato Brasileiro de 2024 começa neste sábado (13). O Brasileirão terá dois jogos de abertura que começam às 18h30. São eles: Internacional e Bahia, com o time gaúcho como mandante;  e Criciúma e Juventude, com o mando do time catarinense.

Além de empurrar o time do coração nesta nova temporada com o apoio de torcedor, alguns brasileiros também têm a chance de investir e impulsionar o seu clube, o que também pode gerar bons lucros para quem aporta dinheiro no futebol.

Atualmente, é possível investir diretamente e de forma regulada em 8 dos 20 times da série A. Sendo um total de 40% dos clubes. Isso porque Atlético-MG, Bahia, Botafogo, Cruzeiro, Cuiabá, Fortaleza, Red Bull Bragantino e Vasco são os times da elite do futebol brasileiro que são Sociedades Anônimas do Futebol (SAF).

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As SAFs são uma forma facilitada para incluir os times de futebol no mercado financeiro. A lei das SAFs foi ratificada pela CVM no dia 21 de agosto de 2023. Com a medida, os times de futebol podem abrir capital, lançar debêntures (debêntures-fut), promover crowdfunding de investimentos, montar fundos de investimentos e fazer securitização.

As SAFs estão sujeitas a todas as regras da CVM, e as emissões devem contar com uma classe específica de ação ordinária, denominada em sua legislação própria de Classe A, para subscrição exclusiva pelo clube ou pessoa jurídica original constituinte da SAF.

Nenhuma das empresas abriu capital na Bolsa de Valores até o momento, o que torna investir para ser sócio de cada um desses clubes como algo mais complicado, visto que a única forma de se tornar acionista seria o caminho feito por Rubens e Rafael Menin no Atlético mineiro.

O clube de Belo Horizonte mudou seu modelo administrativo em julho do ano passado, quando seus antigos controladores venderam 75% das ações por R$ 913 milhões ao Galo Holding, conglomerado formado por Rubens e Rafael Menin, Ricardo Guimarães e Renato Salvador. O Centro de Treinamento e a Arena MRV foram transferidos para a SAF.

Ou seja, a menos que a pessoa tenha milhões para comprar ações dos clubes fora do Bolsa, ser um sócio direto é algo mais complicado. No entanto, existe uma modalidade no mercado de capitais que pode remunerar de forma considerável e que exige um ticket menor, que são as debêntures.

O Cruzeiro, por exemplo, fez a emissão de R$ 50 mil em debêntures, sendo necessário R$ 1 mil para comprar cada unidade dos títulos emitidos. Esse dinheiro emitido pelo clube tende a ser usado em algum objetivo da empresa, seja contratar um novo jogador ou reformar o estádio.

No entanto, para não pagar juros para os bancos, os times de futebol preferem pegar dinheiro emprestado com o mercado financeiro por meio dessa emissão de títulos de dívidas, chamadas de debêntures. Isso é exatamente emprestar dinheiro para o time do seu coração ou para o rival, afinal, se o investidor não for tão fanático, o importante é lucrar.

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Já para quem possui um bom dinheiro em mãos e cogita entrar em uma SAF para ser sócio deve ouvir algumas discas de Rubens Menin, o CEO e fundador da MRV (MRVE3) e acionista do Atlético Mineiro. Em evento realizado pelo Bradesco BBI no dia 2 de abril, ele disse que o futebol pode ser uma boa opção de investimentos, pois o setor está descontado.

A declaração aconteceu após ele ser questionado sobre os seus investimentos no Atlético Mineiro. Durante o painel, Menin afirmou que a gestão dos clubes de futebol brasileiro é “amadora e péssima”, mas já evoluiu. “É claro que ela vem melhorando, antes a gestão era feita por cartolas. Hoje, a evolução da tecnologia tem ajudado e muito”, detalhou Menin.

O empresário também lembrou que o setor oferece muito mais riscos que o setor da construção civil, por exemplo. “No futebol a bola pode bater na trave e a empresa corre o risco de não dar o resultado esperado”, comentou.

Ainda assim, ele vê o setor como uma boa oportunidade e que o investidor deve ter paciência. “A hora que o clube tiver resultado operacional, ele vai começar a valer mais. Eu acredito que o futebol pode equivaler a 1% do PIB do Brasil”, argumentou o empresário.

Cabe o investidor decidir qual caminho ele deve tomar. Se não houver definição de onde investir, o Campeonato Brasileiro de 2024 segue como o espetáculo principal, com a última rodada prevista para o dia 8 de dezembro.

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