As melhores ações para investir em julho, por 8 corretoras e bancos

O Ibovespa acumulou valorização de 1,48% no mês de junho, alcançando assim o segundo avanço mensal de 2024 – marca até então conquistada apenas em fevereiro, quando o índice subiu 0,99%. No ano, porém, o saldo ainda é negativo para a principal referência da B3, que registra queda de 7,66% no período.

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O início do último mês foi mais difícil para o Ibovespa: o índice renovou por várias sessões consecutivas a cotação mínima de 2024 e chegou a perder a linha de 119 mil pontos, rondando os menores patamares desde novembro de 2023. Ao final de junho, veio o momento de trégua e o indicador conseguiu retomar o patamar de 123 mil pontos.

Um fator que contribuiu para o cenário de alívio foi a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que manteve a Selic em 10,5% ao ano. O que agradou os investidores foi a unanimidade da decisão, já que no encontro de maio o “racha” entre os membros do colegiado havia despertado temores sobre uma possível mudança na condução da política monetária a partir do próximo ano, quando Roberto Campos Neto não estará mais à frente do Banco Central (BC).

Quem parece não ter ficado feliz com a decisão do Copom foi o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que não tem poupado críticas a Campos Neto. Em entrevista à Rádio Mirante News, do Maranhão, no último dia 21, Lula afirmou que o presidente do BC é um “adversário político e ideológico”. Associou ainda o dirigente ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). “Ele foi indicado pelo governo anterior e faz questão de dar demonstração de que não está preocupado com a nossa governança”, declarou.

Já na última semana, as críticas de Lula se voltaram para a “Faria Lima”. Em entrevista ao portal UOL, o presidente afirmou que o governo está fazendo uma análise para revisar os gastos públicos e verificar se há desperdícios em alguma área. Segundo ele, no entanto, essa avaliação ocorre “sem levar em conta o nervosismo do mercado”.

No mesmo dia das declarações, o dólar superou a barreira de R$ 5,50 e alcançou o maior nível desde 17 de novembro de 2022, quando a moeda americana chegou a valer R$ 5,5298. Só no mês de junho, a divisa avançou 6,43%, enquanto a valorização acumulada no ano é de 15,14%. Veja aqui onde investir para lucrar com a disparada do dólar.

Apesar do cenário marcado pela pressão do câmbio e por preocupações fiscais, o time da Ágora Investimentos vê ainda uma certa resistência das ações brasileiras. “Mesmo com uma deterioração nas expectativas macroeconômicas e um ambiente tecnicamente desfavorável para a alocação na renda variável (em função da saída de recursos de investidores chave, como os estrangeiros), temos visto uma certa resiliência dos ativos – muito provavelmente em função dos preços já muito deprimidos”, pontua a casa em relatório.

As ações que devem se destacar em julho

Quem se destaca nas recomendações para julho são as ações da Vale (VALE3), indicadas por seis das oito casas consultadas pelo E-Investidor. Os papéis são os preferidos do Itaú BBA para o setor de mineração e siderurgia. “Espera-se que os preços do minério de ferro continuem em torno de US$ 115 a US$ 120 por tonelada, trazendo uma potencial valorização para as nossas estimativas de US$ 110 por tonelada para o preço médio em 2024”, destaca a casa, que acredita na possibilidade da Vale se beneficiar da valorização do minério.

No segundo lugar do pódio de recomendações de corretoras e bancos, está a Petrobras (PETR4), com cinco menções. Para a Ágora, as declarações dadas pela nova CEO da estatal, Magda Chambriard, têm indicado que não haverá mudanças na política de distribuição dos dividendos. “Ainda que algumas dúvidas permaneçam, não alteramos a nossa visão de que as ações da Petrobras seguem com valuation descontado e, tudo mais constante, devem compor uma atrativa remuneração aos acionistas através da distribuição de elevados dividendos”, ressalta a corretora.

Outro destaque para julho é o Itaú (ITUB4), com quatro indicações. Após o Itaú Day, evento realizado com investidores do banco, o time da Ágora afirmou que não viu novidades que pudessem levar a uma revisão de lucros da organização neste ano. No entanto, na visão da corretora, iniciativas como o One Itaú (superapp do banco), além de um potencial investimento no segmento de baixa renda, podem ter impactos de longo prazo.

Veja a seguir as carteiras completas de todos os bancos e corretoras consultados pelo E-Investidor:

Ágora

A Ágora fez apenas uma mudança em sua carteira recomendada para julho. A corretora retirou os papéis da Weg (WEGE3) e acrescentou as ações da EcoRodovias(ECOR3).

BB Investimentos

Para a carteira de julho, o BB trocou todos os seus papéis. Saíram Allos (ALOS3), Copel (CPLE6), JBS (JBSS3), Pão de Açúcar (PCAR3) e Vamos (VAMO3), enquanto Cogna (COGN3), Fleury (FLRY3), Marfrig (MRFG3), Natura (NTCO3) e Localiza (RENT3) entraram.

Genial

Para julho, a Genial realizou quatro mudanças na carteira. Em relação ao último mês, saíram as ações do BB Seguridade (BBSE3), Camil (CAML3), Positivo (POSI3) e Taesa (TAEE11), com inclusão dos papéis da Embraer (EMBR3), Itaú (ITUB4), Klabin (KLBN11) e Isa Cteep (TRPL4).

Guide

A Guide fez uma substituição em sua carteira recomendada de ações. A corretora trocou os papéis da BRF (BRFS3) pelos ativos da Minerva (BEEF3).

Itaú BBA

O Itaú BBA fez três alterações em seu Radar de Preferências para julho. Entraram Rede D’Or (RDOR3), JBS (JBSS3) e Caixa Seguridade (CXSE3), enquanto Hapvida (HAPV3), BRF (BRFS3) e B3 (B3SA3) saíram.

PagBank

O PagBank realizou duas transformações em sua carteira recomendada de ações para julho. Foram retirados os papéis da Sabesp (SBSP3) e da Santos Brasil (STBP11), com entrada dos ativos da JBS (JBSS3) e do BB Seguridade (BBSE3).

Terra Investimentos

A Terra realizou duas mudanças em sua carteira recomendada de ações para julho. A corretora retirou os papéis da Multiplan (MULT3) e Fleury (FLRY3), com inclusão dos ativos da Localiza (RENT3) e Arezzo (ARZZ3).

Santander

Para julho, o Santander não realizou mudanças na sua carteira de ações.

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