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Mercado hoje: Petrobras (PETR3; PETR4) fala em nova possibilidade para Braskem (BRKM5) e Vale (VALE3) trata de concessões e reparos a Mariana-MG, além de balanços do 1º trimestre

Confira os assuntos que investidores vão repercutir na Bolsa hoje, com destaques para Banco do Brasil, Casas Bahia e Eletrobras

Mercado hoje: Petrobras (PETR3; PETR4) fala em nova possibilidade para Braskem (BRKM5) e Vale (VALE3) trata de concessões e reparos a Mariana-MG, além de balanços do 1º trimestre
Jean Paul Prates é o atual presidente da Petrobras. FOTO: PEDRO KIRILOS / ESTADÃO

A agenda econômica desta quinta-feira (9) está voltada para a repercussão da decisão sobre juros do Comitê de Política Monetária (Copom) e as definições de política monetária na Inglaterra e no México, além da divulgação dos pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos e falas de autoridades monetárias – confira aqui a reportagem completa do que esperar dos mercados.

Nos mercados locais, a safra de balanços segue pujante, com resultados de B3 (B3SA3), CSN (CSNA3), Magazine Luiza (MGLU3) e Suzano (SUZB3), após o fechamento dos mercados. O Tesouro Nacional faz leilão de títulos prefixados.

Petrobras (PETR3; PETR4)

A Petrobras reafirmou que não há qualquer decisão tomada sobre Braskem (BRKM5). O posicionamento foi dado após o presidente da estatal, Jean Paul Prates, sinalizar que há empresas “olhando” a Braskem e dizer que na falta de comprador, a estatal pode comprar a fatia da Novonor (ex-Odebrecht) e “sair” em seguida.

Vale (VALE3)

A Vale tomou conhecimento pela imprensa da rejeição pela Justiça Federal de cumprimento provisório de sentença feito pela Advocacia-Geral da União (AGU), que a obrigaria, junto com BHP e Samarco, a pagar R$ 79,6 bilhões em até 15 dias para reparação de Mariana. E irá se manifestar no processo, se necessário.

A mineradora também informou que está em “discussões avançadas” com o Ministério dos Transportes sobre as condições gerais para otimizar os planos de investimentos nos contratos de concessão da Estrada de Ferro Carajás (EFC) e da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM).

Banco do Brasil (BBAS3)

O Banco do Brasil encerrou o primeiro trimestre do ano com lucro líquido ajustado de R$ 9,300 bilhões, alta de 8,8% em relação ao mesmo período de 2023. O retorno sobre o patrimônio (ROE) ficou em 21,7%, alta de 0,7 ponto porcentual (p.p.) em base anual.

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O BB distribuirá R$ 940.587.022,62 em dividendos e R$ 1.673.348.484,70 na forma de Juros Sobre Capital Próprio (JCP), a R$ 0,16478568141 e R$ 0,29316146583 por ação, respectivamente. Os papéis passam a ser negociadas “ex” a partir de 12 de maio.

Os resultados do Banco do Brasil foram considerados mistos pelo Safra, que chama atenção para a composição dos números. De acordo com a instituição, as margens do BB ficaram acima do esperado, mas a surpresa veio majoritariamente do Patagonia, banco argentino controlado pelo conglomerado, enquanto as margens de crédito ficaram abaixo das estimativas.

Já o Bradesco BBI mantém preocupações sobre a qualidade dos ativos do Banco do Brasil, ainda que considere que o lucro no primeiro trimestre deste ano foi forte, bem como a rentabilidade. De acordo com os analistas, também chama atenção a queda nos spreads (diferença entre o preço de compra e o preço de venda) com clientes, que levou a margem a crescer menos que a carteira de crédito.

Braskem (BRKM5)

A Braskem reportou prejuízo líquido de R$ 1,39 bilhão no primeiro trimestre de 2024, um aumento significativo em relação às perdas de R$ 242 milhões registradas no mesmo período de 2023. O resultado ficou 49,9% abaixo das expectativas do Prévias Broadcast. Por outro lado, o lucro antes de juros, depreciação, amortização e impostos (Ebitda) recorrente atingiu R$ 1,140 bilhão no período, representando um aumento de 7% em relação ao ano anterior.

No final de março, a Braskem registrou provisões de R$ 4,898 bilhões para implementar diversas medidas relacionadas ao evento geológico em Alagoas. Esse valor é menor em comparação com os R$ 5,24 bilhões destinados a esse fim em dezembro de 2023.

O Citi reitera uma recomendação neutra/alto risco para a Braskem, observando que o cenário petroquímico global permanece desafiador. Além disso, destacam que “os fundamentos da companhia estão em segundo plano”, com o foco nas notícias sobre fusões e aquisições, especialmente após a desistência da Adnoc em adquirir a participação da Novonor na Braskem.

Eletrobras (ELET3;ELET6)

A Eletrobras registrou lucro líquido de R$ 331 milhões no primeiro trimestre, o que representa uma queda de 19% em comparação com o mesmo período do ano anterior. O Ebitda totalizou R$ 4,620 bilhões, uma redução de 6%, enquanto o Ebitda ajustado caiu 19%, chegando a R$ 4,505 bilhões.

Lojas Renner (LREN3)

A Lojas Renner apresentou um lucro líquido de R$ 139,3 milhões no primeiro trimestre, registrando um aumento de 197,6% em relação ao mesmo período de 2023 e superando em 149% as expectativas do Prévias Broadcast. O Ebitda Ajustado foi de R$ 377,9 milhões, um aumento de 50,1%. A receita líquida total alcançou R$ 2,9 bilhões, um avanço de 4,8%, enquanto a receita líquida do varejo foi de R$ 2,5 bilhões, representando um aumento de 8%.

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Segundo a XP, a Renner reportou resultados melhores no primeiro trimestre, com um crescimento acelerado da receita líquida do varejo e uma sólida expansão de margem tanto na Realize quanto no varejo.

Copel (CPLE6)

Copel reportou um lucro líquido de R$ 533,5 milhões no primeiro trimestre, uma redução de 16% em relação ao mesmo período de 2023. O Ebitda totalizou R$ 1,329 bilhão, registrando uma queda de 6,3%. A empresa informou ainda que colocou à venda 13 usinas de pequeno porte, que somam um total de 118,7 MW (megawatt) de capacidade instalada. A expectativa é concluir a venda até o primeiro trimestre de 2025.

Vibra (VBBR3)

A Vibra Energia registrou um lucro líquido de R$ 789 milhões no primeiro trimestre, um aumento de mais de oito vezes (874%) em relação ao mesmo período de 2023, influenciado pelas recuperações tributárias. O Ebitda ajustado alcançou R$ 1,410 bilhão, representando um aumento de 104,9%.

O Santander destacou que a margem Ebitda, de R$ 157/m³, superou a expectativa de R$ 149/m³ do banco, e observou um balanço patrimonial sólido, com uma dívida líquida/Ebitda praticamente estável em 1,1 vez e custo da dívida mais baixo.

Ultrapar (UGPA3)

A Ultrapar registrou um lucro líquido de R$ 455 milhões no primeiro trimestre de 2024, um aumento de 66% em relação ao mesmo período do ano passado. O Ebitda ajustado atingiu R$ 1,357 bilhão no primeiro trimestre, representando um avanço de 26%.

Diante desses números, o Santander rebaixou a recomendação da Ultrapar de outperform (equivalente a compra) para neutra e reduziu o preço-alvo da ação de R$ 34 para R$ 30, o que implica em um potencial de valorização de 11,9% sobre o fechamento de quarta-feira (8). O rebaixamento se deve ao fato de que o lucro da Ultrapar no primeiro trimestre de 2024 ficou ligeiramente (-5%) abaixo do esperado, principalmente devido ao desempenho da Ipiranga, o que pode decepcionar os investidores, segundo os analistas Rodrigo Almeida e Eduardo Muniz.

Energisa (ENGI11)

A Energisa registrou um lucro líquido consolidado de R$ 1,135 bilhão no primeiro trimestre, representando um aumento anual de 123%. O Ebitda somou R$ 2,527 bilhões, um crescimento de 36%. Além disso, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) autorizou o funcionamento da transmissão da Energisa Tocantins Transmissora de Energia II (ETT II).

Casas Bahia (BHIA3)

A Casas Bahia apresentou um prejuízo de R$ 261 milhões no primeiro trimestre, uma melhora de 12,2% em relação ao mesmo período de 2023 e 55% menor do que o esperado pelo Prévias Broadcast. O Ebitda ajustado recuou 42,6%, para R$ 387 milhões.

Grupo Soma (SOMA3)

O Grupo Soma registrou um lucro líquido ajustado de R$ 21,3 milhões no primeiro trimestre, uma queda de 63,7% em comparação com o mesmo período de 2023. O Ebitda ajustado ficou em R$ 146,2 milhões, um aumento de 2,6%.

Arezzo (ARZZ3)

A Arezzo apresentou um lucro líquido recorrente de R$ 78,8 milhões no primeiro trimestre de 2024, um aumento de 7,7% em relação ao mesmo período de 2023. O Ebitda recorrente alcançou R$ 173 milhões, representando um crescimento anual de 5,5%.

MRV (MRVE3)

A MRV&CO teve um prejuízo líquido atribuído aos acionistas da controladora de R$ 169,3 milhões no primeiro trimestre de 2024, revertendo um lucro de R$ 30,6 milhões em 2023 e ficando 76% abaixo do previsto pelo Prévias Broadcast. A receita líquida consolidada totalizou R$ 1,905 bilhão, um aumento de 12,8%.

Tenda (TEND3)

A Tenda registrou um lucro líquido consolidado de R$ 4,4 milhões no primeiro trimestre, revertendo um prejuízo de R$ 41,9 milhões no mesmo período de 2023. O Ebitda ajustado e consolidado somou R$ 84,6 milhões, representando um aumento de 60,4%.

O Bradesco BBI considerou o resultado positivo, destacando que a Tenda continuou a melhorar os números financeiros após um forte desempenho operacional no primeiro trimestre de 2024, com sua margem bruta crescendo 4,2 pontos percentuais (p.p.) em relação ao ano anterior, para 24,5%.

Cogna (COGN3)

A Cogna registrou um prejuízo líquido de R$ 8,5 milhões no primeiro trimestre de 2024, revertendo um lucro líquido de R$ 54,3 milhões registrado no mesmo período de 2023. O Ebitda recuou 7,6%, para R$ 477,5 milhões.

Além disso, a Cogna revisou o guidance (projeção feita pela companhia) de Vasta do crescimento do Valor Anual de Contrato da Vasta de 12% para o ciclo de 2024, em relação ao ciclo anterior.

Dexco (DXCO3)

A Dexco teve um prejuízo líquido de R$ 35,1 milhões no primeiro trimestre, revertendo um lucro líquido de R$ 154,3 milhões no mesmo período do ano passado. O Ebitda ajustado e recorrente atingiu R$ 441,7 milhões, representando um aumento de 25,8%.

Oi (OIBR3)

A Oi registrou um prejuízo líquido consolidado de R$ 2,787 bilhões no primeiro trimestre, um salto de 120% na comparação anual. O Ebitda ficou negativo em R$ 204 milhões, contra um resultado positivo de R$ 216 milhões um ano antes.

Taesa (TAEE11)

A Taesa encerrou o primeiro trimestre com um lucro líquido IFRS (Normas Internacionais de Relatório Financeiro, na sigla em inglês) de R$ 374,0 milhões, uma queda de 3,3% em relação ao apurado no mesmo intervalo do ano passado. O Ebitda pela norma IFRS alcançou R$ 558,2 milhões, apresentando uma redução de 2,0%.

Movida (MOVI3)

A Movida registrou um lucro líquido ajustado de R$ 62 milhões no primeiro trimestre, revertendo um prejuízo líquido de R$ 62 milhões reportado no mesmo período de 2023. O Ebitda somou R$ 1,059 bilhão, um aumento de 21% em relação ao ano anterior.

Qualicorp (QUAL3)

A Qualicorp registrou um lucro líquido de R$ 16,9 milhões nos primeiros três meses do ano, representando um aumento anual de 1,2%. O Ebitda ajustado foi de R$ 188,6 milhões, apresentando uma queda de 10,3%.

Totvs (TOTS3)

A Totvs encerrou o primeiro trimestre com um lucro líquido consolidado de R$ 129,3 milhões, uma alta de 30% na base anual. O Ebitda ajustado somou R$ 306,5 milhões, um avanço de 9,9%.

PetroReconcavo (RECV3)

A PetroReconcavo encerrou o primeiro trimestre com um lucro líquido de R$ 110 milhões, uma queda de 45% em relação ao mesmo período de 2023. O Ebitda ajustado somou R$ 353,3 milhões, apresentando um avanço de 5,5%.

Minerva (BEEF3)

A Minerva registrou um prejuízo líquido de R$ 186,2 milhões no primeiro trimestre, revertendo um lucro de R$ 114 milhões reportado no mesmo período de 2023. O Ebitda ficou em R$ 628,9 milhões, representando um aumento de 18,2%.

SLC Agrícola (SLCE3)

A SLC Agrícola registrou um lucro líquido de R$ 228,9 milhões no primeiro trimestre, representando uma queda anual de 60,2%. O Ebitda ajustado também diminuiu, alcançando R$ 704,2 milhões, o que representa uma redução de 28,9%.

3tentos (TTEN3)

A 3tentos registrou um lucro líquido de R$ 156,438 milhões no primeiro trimestre de 2024, refletindo um aumento anual de 51,4%. O Ebitda ajustado atingiu R$ 137,85 milhões, apresentando um crescimento de 28%.

Balanços após o fechamento

Segundo o Prévias Broadcast, a Allos (ALOS3) deve registrar um FFO (lucro líquido excluindo depreciação, amortização e efeitos não caixa) ajustado de R$ 262 milhões, o que equivale a uma alta de 11% em relação ao mesmo período de 2023. A CSN (CSNA3) deve registrar um prejuízo de R$ 19 milhões, em comparação ao prejuízo de R$ 823 milhões registrado um ano atrás. O lucro da Suzano (SUZB3) deve recuar 98%, para R$ 76 milhões.

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