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XP aposta em alta expressiva do Ibovespa no 2º semestre; confira a análise

Em dólar, a bolsa brasileira recuou 19,5% nos seis primeiros meses do ano

XP aposta em alta expressiva do Ibovespa no 2º semestre; confira a análise
Painel do Ibovespa (Foto: Werther Santana/Estadão)

O Ibovespa (IBOV) recuou 7,7% no primeiro semestre de 2024 em real. Em dólar, a bolsa brasileira recuou 19,5% nos seis primeiros meses do ano. Segundo a XP Investimentos, a Bolsa brasileira está entre os piores mercados do mundo. A corretora lembra que, em janeiro, o Brasil foi visto como um dos principais beneficiários da tendência de desinflação e do ciclo de flexibilização de juros do Federal Reserve, com o mercado precificando 7 cortes neste ano, ajudando a levar a taxa Selic abaixo de 9%.

“À medida que esse cenário foi re-precificado, o Brasil sofreu. Além disso, os riscos domésticos em relação às políticas fiscal e monetária pesaram sobre os preços dos ativos do Brasil”, dizem Fernando Ferreira, Jennie Li, Júlia Aquino e Felipe Veiga, que assinam o relatório da XP Investimentos.

Os analistas reforçam que dados históricos indicam que o Ibovespa é um grande beneficiário do ciclo de flexibilização das taxas de juros dos EUA, superando seus pares globais antes e depois que o Fed inicia um ciclo de flexibilização. Eles reforçam que, nos últimos 6 ciclos de flexibilização dos EUA, as ações brasileiras subiram 30%, em média, um ano após o primeiro corte de taxa dos EUA, superando os mercados emergentes e desenvolvidos.

Eles comentam que os dados da economia americana mostram que o afrouxamento monetário nos EUA está próximo, o que tende a aliviar o Ibovespa. “A nossa equipa de Macro XP espera que o Fed corte pela primeira vez na reunião de dezembro, mas atribui um risco negativo a esta previsão, de uma visão mais equilibrada anteriormente”, dizem Ferreira, Li, Aquino e Veiga.

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Caso esse corte de juros dos EUA se confirme, e o Ibovespa não tenha grandes problemas em seu caminho, como a piora do quadro fiscal. O índice tende a caminhar para o seu preço justo. A corretora calcula o seu valor justo com base em alguns múltiplos, que, segundo ela, estão abaixo da média histórica. A metodologia DCF (fluxo de caixa descontado), na qual a corretora assume uma WACC (média ponderada de custo de capital) de 12,9%.

Os especialistas também trabalham com um modelo de Preço sobre Lucro (P/L), que assume um múltiplo de 9,0 vezes, e mesmo assim abaixo da média histórica de 11 vezes. A terceira metodologia é o múltiplo Valor da empresa sobre os Lucros antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização (EV/EBITDA) de 5,3 vezes, também abaixo da média histórica de 6,5 vezes.

“Com base nos nossos motivos e precificações, estimamos que o Ibovespa deve encerrar o ano cotado a 145 mil pontos, uma alta de 17% em relação ao fechamento de sexta-feira (28), quando o Ibovespa encerrou o pregão cotado a 123.906,55 pontos”, explicam Ferreira, Li, Aquino e Veiga.