A aquisição de 48% da Santos Brasil (STBP3) pela CMA CGM prevê o lançamento oferta pública de aquisição em até 30 dias após a conclusão da transação, nas mesmas condições e preço negociados com a vendedora Opportunity. Para o Itaú BBA, isto poderia desencadear uma “guerra de ofertas” pela fatia restante da companhia, beneficiando os acionistas minoritários.
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“Observamos que há a possibilidade de outros armadores com forte presença no Porto de Santos se envolverem na negociação da participação restante (52%) devido à relevância estratégica da Santos Brasil na região”, segundo o analista Daniel Gasparete.
Ele destaca que a Santos Brasil passou por uma transformação significativa nos últimos anos e tem olhado para o futuro. Este cenário levou o Itaú BBA a classificar companhia como escolha favorita (top pick) no setor.
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Na venda realizada pela Opportunity, o preço base acordado foi de R$ 15,30, com a empresa mencionando um valor adicional incondicional de R$ 0,50 por ação vinculado aos resultados de 2024, segundo o relatório. Além disso, o preço será ajustado para baixo em aproximadamente R$ 1,85 por ação se o negócio for concluído após a redução de capital de R$ 1,6 bilhão, que já foi aprovada pelo conselho.
Ainda de acordo com o relatório, quaisquer pagamentos extras de dividendos serão deduzidos do preço, que pode ser reduzido em R$ 0,20 por ação dependendo da resolução de certas questões judiciais pendentes relacionadas à Santos Brasil.
Sobre a CMA CGM, Gasparete ressalta que o grupo francês é um player-chave no negócio global de transporte, ocupando a terceira maior colocação. Além disso, é altamente verticalizada, tendo investido em quase 60 terminais portuários ao redor do mundo. “Portanto, a transação está alinhada com a estratégia global da empresa e representa um passo significativo em direção às operações da CMA no Brasil”, avalia.
