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Conheça o site de assinatura de roupa de grife que entrou para a Bolsa

Plataforma para aluguel, assinatura e compra de roupas e acessórios de grife fez seu IPO na Nasdaq

Conheça o site de assinatura de roupa de grife que entrou para a Bolsa
Foto: REUTERS/Shannon Stapleton
  • A listagem representa um marco para a movimentada empresa apoiada por capital de risco, que foi fundada em 2009
  • As ações começaram a ser negociadas a US$ 23, quase 10% acima do preço do IPO de US$ 21
  • A Rent the Runway foi criada a partir da ideia de alugar vestidos de festa para ocasiões especiais, como casamentos

(Sapna Maheshwari, NYT) – A Rent the Runway, plataforma de comércio eletrônico para aluguel, assinatura e compra de roupas e acessórios de grife, fez sua estreia na Bolsa (Nasdaq) na quarta-feira (27).

A listagem representa um marco para a movimentada empresa apoiada por capital de risco, que foi fundada em 2009 por Jennifer Hyman e Jennifer Carter Fleiss, e acontece durante uma chuva de ofertas públicas iniciais de outras empresas de varejo apoiadas por capital de risco, entre elas Warby Parker e Allbirds. As ações começaram a ser negociadas a US$ 23, quase 10% acima do preço do IPO de US$ 21.

A Rent the Runway foi criada a partir da ideia de alugar vestidos de festa para ocasiões especiais, como casamentos, e rapidamente se tornou um sucesso. As mulheres adoraram a ideia de gastar menos dinheiro para comprar peças caras e que não eram usadas com frequência e, na era das redes sociais, poder ser fotografadas com vestidos diferentes a cada evento.

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Desde então, a empresa cresceu e foi além dos aluguéis de vestidos de fim de semana, com o objetivo de oferecer às mulheres um “armário na nuvem” por meio de assinaturas. A Rent the Runway se concentrou em fazer com que as mulheres pagassem uma assinatura mensal para ter acesso a uma grande variedade de roupas, joias e bolsas, com ênfase particular em roupas de trabalho da moda. As assinantes podem trocar suas escolhas várias vezes por mês.

“Estou tão orgulhosa deste dia histórico”, disse Jennifer Hyman, atual CEO da empresa, na quarta-feira. “Passamos de um único vestido e uma situação única para criar um guarda-roupa inteiro na nuvem ao qual as mulheres podem ter acesso a cada ocasião.”

Em seu pedido de IPO, a Rent the Runway chamou a atenção para uma convergência de fatores para seu crescimento contínuo, incluindo uma “mudança de propriedade para o acesso”, conforme exemplificado pela popularidade de empresas como Netflix e Airbnb, aumento do interesse em sustentabilidade e mais mulheres no mercado de trabalho, que tendem a gastar mais com roupas de trabalho do que os colegas homens.

A empresa também citou estudos que dizem que 33% das mulheres consideram uma roupa “velha” depois de usá-la menos de três vezes e que “uma a cada sete mulheres considera uma gafe ser fotografada duas vezes com a mesma roupa”. As redes sociais não apenas aumentaram a pressão que as mulheres sentem para ter variedade em seus guarda-roupas, de acordo com o documento, mas também fizeram com que os consumidores conhecessem mais “marcas dos sonhos fora de seu orçamento”.

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A empresa fixou o preço da oferta em US$ 21 por ação, o limite da faixa de US$ 18 a US$ 21 que a empresa havia posto à venda. Ela também ampliou a oferta para 17 milhões de ações, originalmente o planejado eram 15 milhões. A Rent the Runway tem a intenção de usar os recursos para pagar dívidas e financiar a expansão da empresa.

Entretanto, a pandemia prejudicou a empresa, que ainda está tentando reconquistar a força que tinha em 2019. A Rent the Runway está otimista quanto a recuperação neste ano, mas o documento mostra quão grave foi o dano: a empresa terminou o ano de 2020 com 54.797 assinantes ativos e US$ 157,5 milhões em receita, uma baixa em comparação aos 133.572 milhões de assinantes ativos e US$ 256,9 milhões em receita de 2019. O número de assinantes ativos era de 111.732 até o dia 30 de setembro.

“Eles sofreram um grande golpe porque se você não precisa sair de casa para vestir uma roupa em um casamento, baile ou formatura, você vai usar roupas confortáveis”, disse Shawn Grain Carter, professora de gestão de negócios de moda no Instituto de Tecnologia da Moda.

Ela disse que esperava que o negócio continuasse a ser desafiado conforme o trabalho remoto persistisse e os escritórios adotassem códigos de vestimenta menos formais. A Rent the Runway também enfrenta a concorrência de sites como ThredUp e RealReal.

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“Você tem os millennials negociando e dizendo: ‘Vou deixar meu trabalho se tiver que ir para o escritório’- isso muda a forma como você se veste”, disse Grain Carter. “Vejo isso como um desafio para eles em termos de como o cliente percebe o investimento em uma marca e também o valor do serviço de assinatura que pagam todos os meses.”

A Rent the Runway observou em sua solicitação que, em agosto e setembro, cerca de metade do uso dos consumidores foi para situações casuais do dia a dia, enquanto a outra metade foi para trabalho e eventos noturnos.

Jennifer estava otimista em relação à empresa, principalmente devido ao seu desempenho no último ano e meio. “2020 realmente deveria ter sido o fim da Rent the Runway, e saímos dele como uma empresa mais forte financeiramente”, afirmou.

Os recentes registros de IPO de empresas de varejo apoiadas por capital de risco têm atraído um interesse particular, com empresas que enfatizaram seu status de inovadoras e avaliações de mais de US$ 1 bilhão finalmente tendo que compartilhar detalhes financeiros. Apesar de sua popularidade, a Rent the Runway é relativamente pequena em comparação com outros varejistas e ainda não é lucrativa. A empresa registrou um prejuízo líquido de US$ 171 milhões no ano passado, ante um prejuízo líquido de US$ 154 milhões em 2019.

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A Rent the Runway disse em seu processo de solicitação de IPO que estava nos “primeiros estágios” de crescimento, observando que menos de 10% da receita total da empresa foi gasta em marketing desde sua fundação e que acreditava que isso poderia aumentar o conhecimento da marca.

Simeon Siegel, analista de varejo da BMO Capital Markets, disse que o mercado de aluguel de roupas, que, nos últimos anos, atraiu empresas de capital aberto como a Urban Outfitters , continua “muito incipiente”.

“As pessoas compram roupas desde tempos imemoriais e as empresas estão atualmente tentando treiná-las a consumir roupas de uma forma diferente”, disse Siegel. “Ser recondicionado não é algo que acontece da noite para o dia.” /TRADUÇÃO DE ROMINA CÁCIA

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