- Desde o IPO, em julho deste ano, o papel tem queda de 44,71%
- Dos dois lotes arrematados pela companhia, o de maior valor e cobertura é o bloco C04, a serviço de clientes em toda a região Nordeste. A oferta da telecom foi de R$ 1,2 bilhão (ágio de 13.741%)
- A proposta com um ágio de 13.741% é “assustadora” para uma empresa que abriu capital há menos de quatro meses, segundo Henrique Florentino, analista da Empiricus
(Rebeca Soares e Italo Bertão Filho, especial para o E-Investidor) – Após arrematar lotes das regiões Nordeste e Centro-Oeste no leilão do 5G por R$ 1,3 bilhão, a Brisanet (BRIT3) viu o valor das suas ações despencar ao longo da quinta-feira (4). A queda chegou a 15,5% em relação ao fechamento anterior.
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Mesmo com o tombo no intradia, BRIT3 encerrou o pregão a R$ 7,73, com variação positiva de 1,71%. Desde o IPO, em julho deste ano, o papel tem queda de 44,71%.
Dos dois lotes arrematados pela companhia, o de maior valor e cobertura é o bloco C04, a serviço de clientes em toda a região Nordeste. A oferta da telecom foi de R$ 1,2 bilhão (ágio de 13.741%) – o preço mínimo era de R$ 9 milhões. Na região, só houve uma segunda proposta, de R$ 9,03 milhões, movida pela Iniciativa 5G.
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A proposta com um ágio de 13.741% é “assustadora” para uma empresa que abriu capital há menos de quatro meses, segundo Henrique Florentino, analista da Empiricus.
Outro lote arrematado pela Brisanet é do bloco C05, que cobre parte da região Centro-Oeste. A telecom comprou o lote por R$ 150 milhões (ágio de 4.054%). O valor mínimo do bloco era de R$ 2,5 milhões. Ao todo, foram leiloados oito blocos regionais, distribuídos entre diferentes regiões do País.
Com sede no Ceará, a Brisanet lidera o mercado das prestadoras de pequenos portes (PPPs) no Brasil, segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Atuando principalmente no Rio Grande do Norte, Paraíba e Ceará, a empresa é líder de mercado no segmento de banda larga fixa nesses estados.
Em análise,a XP projeta tendência de alta e um preço-alvo de R$ 17 por papel da companhia, movido pelo potencial de ampliação de atuação, além do histórico de crescimento orgânico mais rápido comprovado e, ainda, uma infraestrutura superior com um modelo operacional vertical de custos.
Gigantes do setor
Claro, Telefônica Brasil (VIVT3) e TIM (TIMS3) arremataram os principais lotes.
A Claro fez uma oferta de R$ 338 milhões (ágio de 5%) pelo bloco B1 e a Vivo pagou R$ 420 milhões (ágio de 30,69%) pelo bloco B2. Já a Tim desembolsou R$ 351 milhões (ágio de 9,22%) pelo bloco B3.
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Segundo o analista da Empiricus, a predominância das empresas não foi surpresa por serem companhias consolidadas no segmento. Por outro lado, as ações de empresas menores como a Brisanet são mais impactadas com ofertas de leilão, o que justifica a volatilidade ao longo do dia.
A ação da Telefônica Brasil fechou a quinta-feira em alta de 0,08%, a R$ 49,68. Já a ação da Tim (TIMS3) registrou queda de 0,56%% no fechamento, cotada a R$ 12,35.
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*Com Broadcast
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