- O prefeito de São Paulo antecipou os feriados de Corpus Christi e do Dia da Consciência Negra para 20 e 21 de maio. O governador João Doria também deve trazer o feriado da Revolução Constitucionalista, de 9 de julho, para a próxima segunda (25)
- A ideia de criar um feriadão na capital paulista é para estimular o isolamento social e conter o contágio pelo novo coronavírus
- A B3 e a Caixa Econômica confirmaram funcionamento no feriado prolongado
Na tarde desta terça-feira (19), a B3 (B3SA3) confirmou, por meio de um ofício público, que todas as suas atividades serão mantidas durante o feriado prolongado. “Não haverá, no mercado de bolsa, negociação e liquidação no dia 11 de junh0, ficando mantido o calendário original anual, mesmo tendo havido antecipação de feriado em São Paulo”, diz o comunicado.
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O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), publicou hoje o decreto que antecipa os feriados de Corpus Christi e do Dia da Consciência Negra para 20 e 21 de maio, respectivamente. O objetivo é criar um feriadão de seis dias na capital paulista e estimular o isolamento social para conter o contágio do coronavírus.
A proposta foi anunciada ontem em entrevista coletiva com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que, por sua vez, deve trazer o feriado do Dia da Revolução Constitucionalista, celebrado em 9 de julho, para a próxima segunda (25). O feriado de Corpus Christi cairia em 11 de junho, e a Consciência Negra é celebrada em 20 de novembro.
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Em resposta, dez entidades, entre elas a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) e a B3, pediram ao governador do estado, João Doria, que os feriados bancários fossem mantidos em seus dias originais.
Os órgãos afirmam que a decisão de antecipar os feriados levanta problemas, “alguns incontornáveis”, de natureza social, operacional e jurídica. Um deles seria o fechamento de agências bancárias em meio ao pagamento do auxílio emergencial de R$ 600 prestado pelo governo federal. Em termos operacionais, a antecipação também interromperia a compensação de cheques e títulos, a geração de multas e encargos sobre atrasos em pagamentos, e a “paralisação de milhões de transações”.
Durante entrevista à CNN Brasil no início da tarde, Covas afirmou que as instituições podem manter funcionamento normal se quiserem. “Qualquer atividade que está liberada, decretada como essencial, pode funcionar desde que pague seu funcionário por isso”, disse. “É como funcionar em um sábado, domingo ou em qualquer outro feriado. Não é lockdown, é feriado municipal. São questões jurídicas completamente diferentes.”
A Caixa Econômica Federal também se posicionou. O banco diz que irá manter suas agências em funcionamento nos próximos dias para atendimento dos beneficiários do auxílio emergencial “com o objetivo de evitar aglomerações e longas filas”.
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(Com Estadão Conteúdo)