Por André Marinho – As bolsas da Ásia e do Pacífico fecharam mistas nesta terça-feira, à medida que investidores ponderaram o otimismo quanto ao relaxamento de restrições na China com preocupações sobre inflação e política monetária. Na Austrália, o banco central aumentou juros em 50 pontos-base, a 0,85%, em ajuste mais agressivo que o esperado.
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O índice Xangai Composto encerrou a sessão com ganho de 0,17%, a 3.241,76 pontos, mas o menos abrangente Shenzhen Composto perdeu 0,05%, a 2.072,58 pontos. Em Hong Kong, o Hang Seng cedeu 0,56%, a 21.531,67 pontos. Os negócios chineses devolveram parte da valorização da véspera, depois que várias cidades removeram as rígidas medidas de controle do coronavírus.
Em Taiwan, o Taiex baixou 0,56%, a 16.512,88 pontos. Já o Kospi, referência em Seul, recuou 1,66%, a 2.626,34 pontos, na volta de um feriado na Coreia do Sul. O fortalecimento do dólar ante o won sul-coreano reduziu a demanda por ações no país.
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Por outro lado, o Nikkei ganhou 0,10%, a 27.943,95 pontos. O desempenho foi observado na esteira do enfraquecimento do iene, que despencou ao menor nível desde abril de 2002 ante o dólar. O presidente do Banco do Japão (BoJ), Haruhiko Kuroda, voltou a defender a política monetária relaxada, até que a inflação se estabiliza perto da meta de 2%.
Na contramão, o Banco de Reserva da Austrália (RBA, na sigla em inglês) subiu hoje a taxa básica de juros em meio ponto porcentual, a 0,85%, e sinalizou novos aumentos nos próximos meses. Segundo o ING, a decisão surpreendeu o mercado, que esperava alta de 25 pontos-base, na mesma dimensão do ajuste feito na reunião anterior, em maio.
Nesse ambiente, o índice S&P/ASX 200, na Bolsa de Sydney, fechou em queda de 1,53%, a 7.095,70 pontos.