(Ilana Cardial, Estadão Conteúdo) – A bolsas de Nova York fecharam em alta nesta quarta-feira. Wall Street se apoiou no resultado do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de julho, que mostrou desaceleração nos preços nos Estados Unidos e veio abaixo da previsão de analistas. Casas de projeções se dividiram quanto às expectativas para a política do Federal Reserve (Fed), cujas falas de dirigentes estiveram no radar.
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O índice Dow Jones subiu 1,63%, a 33.309,51 pontos, o S&P 500 avançou 2,13%, a 4.210,24 pontos, e o Nasdaq teve alta de 2,89%, a 12.854,80.
No mês passado, o CPI dos EUA ficou estável em relação ao anterior, mas saltou 8,5% na comparação anual. O resultado ficou abaixo da mediana registrada pelo Projeções Broadcast e mostrou uma desaceleração quanto a junho. Com isso, cresceram as expectativas de que o Fed diminua o ritmo do aperto monetário, como mostra levantamento do CME Group.
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As casas de analistas, no entanto, se dividiram quanto a alta de juros na reunião de setembro: a Capital Economics espera aumento de 50 pontos-base pelo banco central americano, enquanto Commerzbank e Oxford Economics mantêm previsões de 75 pontos-base.
Em evento, o presidente da distrital de Minneapolis, Neel Kashkari, afirmou que a declaração de vitória contra a alta inflação ainda está “bem, bem longe” e que esta foi apenas uma pista de que talvez os preços estejam caminhando para direção certa. No Fed de Chicago, o presidente Charles Evans disse que o CPI foi positivo, mas notou que os preços “seguem muito elevados”. Nenhum dos dois dirigentes contam com poder de voto neste ano, mas devem tê-lo no ano que vem.
A Capital Economics avalia que a expectativa de que um pivô pelo Fed irá limitar o estrago à economia pode ajudar a explicar a retomada do S&P 500, apesar da curva de juros dos Treasuries seguir invertida. Em relatório, a consultoria nota a resiliência nas previsões de analistas para relatórios financeiros e ganhos em mercados acionários.