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Abertura de Mercado: inflação e China assustam, mas Europa e futuros de NY sobem; Ibovespa tem fator eleitoral e do dólar para enfrentar

Entre as commodities, os contratos futuros do petróleo operam em alta, recuperando-se das perdas de ontem

Abertura de Mercado: inflação e China assustam, mas Europa e futuros de NY sobem; Ibovespa tem fator eleitoral e do dólar para enfrentar
Ibovespa 19/10/2021 REUTERS/Amanda Perobelli
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  • A última sexta-feira do mês (e do trimestre) começa com os mercados internacionais buscando recuperação
  • No Brasil, com a proximidade das eleições, é possível que o volume de negócios seja reduzido hoje

A última sexta-feira do mês (e do trimestre) começa com os mercados acionários internacionais buscando alguma recuperação, embora inevitavelmente amargando perdas em setembro. Apesar desse ajuste favorável, a grande “vilã” dos mercados se fez presente novamente depois que o índice de preços ao consumidor (CPI) da zona do euro atingiu a máxima histórica em setembro, ultrapassando o recorde em agosto. Essa inflação alta e latente aumenta as pressões para que o Banco Central Europeu (BCE) siga com a elevação da taxa de juros de forma agressiva.

Em paralelo, os últimos dados industriais da China trouxeram um quadro inconclusivo sobre os rumos da segunda maior economia do mundo. Nesse cenário, as principais bolsas da Europa avançam nesta manhã, enquanto os índices futuros de Nova York sugerem um dia de ganhos modestos por lá ao longo da sessão.

Entre as commodities, os contratos futuros do petróleo operam em alta, recuperando-se das perdas de ontem, ao passo que a indefinição chinesa fez com que os preços futuros do minério de ferro tivessem pouquíssimo fôlego, fechando em leve alta de 0,07% em Dalian, cotados aos US$ 101,73 por tonelada. Finalmente, no mercado global de moedas, refletindo o alívio no sentimento dos mercados, o índice DXY, que mede as variações do dólar frente a outras seis divisas relevantes, opera em baixa.

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No Brasil, independentemente do cenário externo, a pergunta majoritária entre os investidores parece ser: “E depois de domingo?”. Com a proximidade das eleições, é possível que o volume de negócios seja reduzido hoje, com consequente aumento da volatilidade.

Além disso, fatores técnicos, como a disputa pela formação da Ptax (taxa de câmbio calculada durante o dia pelo Banco Central) do final de trimestre – que servirá como referência para os resultados corporativos do terceiro trimestre, por exemplo – podem fazer com as negociações domésticas não sigam exatamente a dinâmica mais favorável observada no exterior hoje.

Agenda econômica (30/09)

Brasil: O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, palestra sobre “O Futuro do Sistema Financeiro” em evento em São Paulo (10h). A diretora de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos do Banco Central, Fernanda Guardado, fala em evento (12h). Entre os indicadores, serão divulgados a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua (9h), mostrando a taxa de desemprego no trimestre até agosto, além da nota do setor público consolidado de agosto (9h30).

EUA: Destaque para a leitura (9h30) de agosto do índice de preços de gastos com consumo (PCE), além da divulgação do Instituto para Gestão da Oferta (ISM, na sigla em inglês) Chicago de setembro (10h45). Ainda hoje, a Universidade de Michigan traz os dados de sentimento do consumidor e expectativas de inflação de 1 e 5 anos (11h) e são esperados novos discursos de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano): Thomas Barkin, de Richmond (9h30 e 13h30) e o vice-presidente Lael Brainard (10h00).

Europa: A taxa anual de inflação ao consumidor (CPI) da zona do euro atingiu 10% em setembro, ultrapassando o recorde anterior de 9,1% verificado em agosto, segundo dados preliminares divulgados hoje pela Eurostat. O resultado superou a expectativa, que apontava para um avanço a 9,7%. Apenas os custos de energia deram um salto anual de 40,8% neste mês, após subirem 38,6% em agosto.

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China: O índice de gerentes de compras (PMI) industrial subiu de 49,4 em agosto para 50,1 em setembro, segundo o Escritório Nacional de Estatísticas do país (NBS), superando a previsão de alta a 49,8. Enquanto isso, o PMI de serviços recuou de 52,6 para 50,6 no período, embora ainda permaneça no território de expansão.

 

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