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Ray Dalio deixa oficialmente o controle da Bridgewater

Com a saída de Dalio, a gestora ficará no comando dos executivos Nir Bar Dea e Mark Bertolini

Ray Dalio deixa oficialmente o controle da Bridgewater
Foto: Brian Snyder / Reuters

Raymond Thomas Dalio, conhecido internacionalmente como Ray Dalio, é uma referência para investidores de todo o mundo. Aos 73 anos, o bilionário anunciou a sua saída oficial no dia a dia da Bridgewater nesta quarta-feira (4).

“Um sonho que se torna realidade”, disse o megainvestidor em suas redes sociais. A empresa foi fundada por ele há 45 anos e é uma das mais tradicionais e respeitadas gestoras de fundos de hedge no mundo, com mais de US$ 150 bilhões em ativos sob gestão.

O plano para a sucessão de Dalio já era estudado há mais de dez anos, mas só foi anunciado em fevereiro de 2022. Em 2017 ele deixou o cargo de CEO e o de presidente da empresa no fim de 2021.

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Nesta quarta, a gestora enviou um comunicado aos funcionários e base de clientes dizendo que o processo de transição não foi fácil, mas que agora deixam de ser “uma empresa boutique liderada por fundadores, para uma instituição duradoura liderada com sucesso pelo próximo geração.”

Com a saída de Dalio, a gestora ficará no comando dos executivos Nir Bar Dea e Mark Bertolini – os dois vão dividir a função de CEO. As decisões de investimentos ficarão nas mãos de Greg Jensen e Bob Prince, co-CIOs.

Apesar do anúncio, ele diz que continuará como um mentor para a direção da Bridgewater e que permanece como membro do conselho da companhia.

Quem é Ray Dalio

Aém de fortuna, Ray também é um pensador e estudioso do mundo dos negócios. Em 2017, ele publicou o aclamado livro “Princípios: Vida e Trabalho”, que figurou na lista de bestsellers [mais vendidos] do New York Times.

Sua empresa, criada após a conclusão de um MBA pela Harvard Business School, aposta na filosofia de gestão triádica: fundamentalistasistemática e diversificada. Os três conceitos indicam um caminho onde é preciso considerar os fatores de causa e efeito que formam a economia, criando, a partir disso, regras que possam ser aplicadas em diferentes cenários no tempo e espaço, com o foco na diversificação dos investimentos.

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O pensamento sofisticado de Ray o levou a criar algumas estratégias. Uma das mais famosas, materializada em 1996 e popularmente conhecida como All Weather (todos os climas, em tradução livre), busca encontrar uma forma de investir com uma boa performance em todos os ambientes econômicos.

Ou seja, a ideia é planejar e executar os investimentos considerando os fatores de risco e sucesso em cenários de surpresas, sejam elas boas ou ruins, em relação aos resultados de Produto Interno Bruto (PIB) e inflação nos países.

Com isso, ele defende a divisão dos investimentos em quatro partes: 25% de risco para crescimento e 25% de risco para queda do PIB, e a mesma divisão para a inflação. O objetivo desse pensamento é expor o portfólio e distribuí-lo em diversos países, com diversificação geográfica, e em diferentes tipos de ativos, como ações, títulos públicos e commodities, entre outros.

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