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Educação Financeira

Como funciona a reunião do Copom e quando serão os encontros de 2023

O Comitê de Política Monetária deve realizar oito reuniões ao longo do próximo ano

Como funciona a reunião do Copom e quando serão os encontros de 2023
  • A última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de 2022 está marcado para esta terça e quarta-feira
  • O encontro serve para que o Banco Central defina qual será os juros para os próximos 45 dias
  • O primeiro dia da reunião serve para as apresentações técnicas de como está a conjuntura, enquanto o segundo é usado para decisões das diretrizes da política monetária

A última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de 2022 está marcada para a próxima terça e quarta-feira (dias 6 e 7 de dezembro). O encontro serve para o Banco Central definir qual será os juros para os próximos 45 dias.

Neste ano, foram realizados oito encontros entre 1º de fevereiro e 7 de dezembro. Em 2023, a quantidade de assembleias será a mesma. Veja abaixo o calendário do próximo ano:

  • 31 de janeiro e 1º de fevereiro;
  • 2 e 3 de março;
  • 21 e 22 de maio;
  • 20 e 21 de junho;
  • 1º e 2 de agosto;
  • 19 e 20 de setembro;
  • 31 de outubro e 1º de novembro;
  • 12 e 13 de dezembro.

O primeiro dia da reunião serve para as apresentações técnicas de como está a conjuntura econômica: inflação; nível de atividade; contas públicas; economia internacional; mercado de câmbio; reservas internacionais; operações de mercado aberto; e expectativas para as variáveis econômicas.

E o segundo é usado para decisões das diretrizes da política monetária. O comunicado com a definição da taxa Selic é divulgado sempre ao final a reunião, por volta das 18h30.

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Também há uma divulgação da ata do Copom na terça-feira seguinte ao encontro do comitê. Nele, é possível saber os principais assuntos discutidos durante a reunião. “Com o documento, dá para fazer uma avaliação de cenários e projeções da economia, aspectos indispensáveis na hora de investir”, disse a equipe de research da XP.

O Bacen também publica um documento chamado de ‘Relatório de Inflação’ a cada fim de trimestre (março, junho, setembro e dezembro). O informe analisa detalhadamente a conjuntura econômica e financeira do Brasil e traz projeções para a inflação.

No último, divulgado em setembro, o Banco Central afirmou que o ambiente inflacionário segue desafiador – vale lembrar que os juros servem para controlar a inflação -.

O documento diz que “o ambiente externo mantém-se adverso e volátil, com contínuas revisões negativas para o crescimento das principais economias, em especial para a China. Os dados recentemente divulgados reforçam a visão de que o mercado de trabalho americano, assim como de outras economias avançadas, segue aquecido”.

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“No entanto, a reversão de políticas contracíclicas nas principais economias, a continuidade da Guerra na Ucrânia, com suas consequências sobre o fornecimento de gás natural para a Europa, e a manutenção da política de combate à Covid-19 na China reforçam uma perspectiva de desaceleração do crescimento global nos próximos trimestres”, informou ainda.

Como a decisão do Copom impacta os investimentos?

Os movimentos dos juros impactam diretamente na rentabilidade das aplicações financeiras, principalmente ativos de renda fixa. Ou seja, se a Selic aumentar, os retornos dos ativos sobem, e vice-versa.

Há títulos públicos, como os pré-fixados, com rentabilidade diretamente associada à taxa básica de juros. Há também os investimentos que são atrelados ao IPCA. Como os juros são usados para controlar a alta generalizada dos preços de bens e serviços, a decisão do Copom pode impactar o rendimento dos títulos indexados ao Índice de Preços no Consumidor Amplo.

“Por exemplo, um título que paga ‘3,0% + IPCA’ significa que, na data de vencimento, pagará a variação acumulada do IPCA ao longo do período, mais uma taxa de 3,0% ao ano”, destacou o time de especialistas da Rico.

Os investimentos que utilizam o IPCA como indexador são:

  • Títulos do Tesouro Direto (IPCA+ e o IPCA+ com Juros Semestrais);
  • Debêntures;
  • CDBs;
  • LCI/LCA;
  • CRI/CRA.

Existe ainda o Certificado de Depósito, mais conhecido como CDI, que é um título privado interbancário. “A determinação do valor do CDI é feita com base nos juros praticados nas operações interbancárias, a taxa over (taxa de juros que o mercado observa diariamente). Por isso, a taxa Selic e o CDI são próximos”, diz a Rico.

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O indicador interbancário é utilizado como balizador do retorno oferecido pelos seguintes investimentos da renda fixa:

  • LCI – Letras de Crédito Imobiliário;
  • LCA – Letras de Crédito do Agronegócio;
  • LC – Letras de Câmbio;
  • CDB – Certificado de Depósito Bancário;
  • CRI – Certificado de Recebíveis Imobiliários;
  • CRA – Certificado de Recebíveis do Agronegócio;
  • Debêntures.

Veja neste link quanto rende o tesouro e o CDB com os juros a 13,75% (último valor anunciado pelo Copom até a publicação desta matéria).

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