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Bolsa: Ibovespa ignora alta externa e cai a 105 mil pontos

A volta dos mercados americanos tende a elevar a liquidez doméstica, mas a agenda esvaziada abre espaço para volatilidade

Bolsa: Ibovespa ignora alta externa e cai a 105 mil pontos
Foto: Envato Elements
  • A expectativa é que as bolsas dos Estados Unidos iniciem o primeiro pregão de 2023 em alta, após sinais de que a China adotará novas medidas para animar a economia após dados fracos de atividade em dezembro.
  • Às 12h08, o Ibovespa cedia 0,52%, aos 105.818,67 pontos. Petrobras caía 1,44% (PETR4) e 1,38% (PETR3), enquanto Banco do Brasil ON (BBAS3) tinha recuo de 1,47%; Vale ON (VALE3) cedia 0,18% e as demais do setor metálico subiam na esteira de expectativas de estímulos para a economia da China.

O tom otimista no exterior é insuficiente para empolgar o Ibovespa, que ontem caiu 3,06%, fechando aos 106.376,02 pontos, por conta das crescentes incertezas fiscais no novo governo. A volta dos mercados americanos tende a elevar a liquidez doméstica, mas a agenda esvaziada aqui e lá fora abre espaço para volatilidade.

A expectativa é que as bolsas dos Estados Unidos iniciem o primeiro pregão de 2023 em alta, após sinais de que a China adotará novas medidas para animar a economia após dados fracos de atividade em dezembro. Este indício anima as ações ligadas a commodities metálicas na B3. Além disso, o dólar forte é outro fator a estimular elevação desses papéis. Porém, a valorização da moeda americana pesa no petróleo, que cai mais de 1%, contaminando Petrobras, que ainda sofre pro questões internas.

Investidores seguem atentos a eventuais sinais sobre a política de preços da companhia. Hoje, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD-MG), deve formalizar o senador Jean Paul Prates (PT-RN), indicado para presidir a estatal, ao Conselho de Administração da estatal. Silveira já disse em seu discurso de posse que a pasta adotará medidas para proteger os consumidores de oscilações internacionais de preços dos combustíveis.

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O embate entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a ala política do PT envolvendo a prorrogação da desoneração dos combustíveis deve continuar. Conforme a Coluna do Estadão, a corrente conservadora petista quer esticar a redução tributária por pelo menos seis meses, podendo chegar a um ano. Essa possibilidade deve reforçar a desconfiança do mercado em relação ao comprometimento do novo governo de um fiscal crível.

Hoje, em Live promovida pelo Brasil 247, Haddad afirmou que a decisão de estender a desoneração tributária sobre gasolina e etanol por 60 dias foi adotada em virtude do tempo que será necessário para que o senador Jean Paul Prates assuma a Petrobras. O ministro também disse que a economia brasileira está desacelerando há dois trimestres, e que as “pessoas estavam iludidas.”

“Como destacou Haddad, se forjou muito o resultado da economia indicadores. Se isso for verdade, o novo governo terá de lidar com isso. Só que ainda não sabemos como e o que será feito. Sem a âncora fiscal, a largada está sendo complicada. E ainda tem a queda das ações da Petrobras e de Banco do Brasil após sinais de não privatização”, diz o economista Álvaro Bandeira.

Haddad ainda disse que a partir do fim de abril começará a discutir a reforma tributária e o arcabouço fiscal no Congresso. Isso, na avaliação de Bandeira, pode ser insuficiente para animar os investidores.

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Segundo Bandeira, o mercado fica na defensiva após a “rasteira” dada no ministro depois da prorrogação da desoneração dos combustíveis. “A fala do ministro sobre arcabouço fiscal é positiva, mas as anteriores também foram e elas foram derrubaram. Então, o crédito é pequeno”, completa o consultor de Finanças.

“O mercado está tentando entender quem manda no governo. O Haddad diz que o Lula Luiz Inácio Lula da Silva participará das decisões da Fazenda, e isso pode ser um perigo, dado viés do presidente mais próximo da população populista. Muito provavelmente, este governo será pautado em sucessão. Afinal, qual deverá ser o legado deste governo?”, questiona Felipe Cima, operador de renda variável da Manchester Investimentos.

Na avaliação da Genial Investimentos, a falta de moderação no discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na posse, e a primeira derrota da equipe econômica sinalizam que o foco, pelo menos no curto prazo, será agradar ao eleitor em detrimento à responsabilidade fiscal.

“A postura divergente entre os discursos do presidente Lula e de Fernando Haddad geram mais volatilidade ao cenário que já incorpora um nível de incerteza acima do usual”, avalia nota da Genial.

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Às 12h08, o Ibovespa cedia 0,52%, aos 105.818,67 pontos. Petrobras caía 1,44% (PETR4) e 1,38% (PETR3), enquanto Banco do Brasil ON (BBAS3) tinha recuo de 1,47%; Vale ON (VALE3) cedia 0,18% e as demais do setor metálico subiam na esteira de expectativas de estímulos para a economia da China.

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