- Um grupo de 193 investidores do IRB (IRBR3) entrou com processo na justiça contra a PwC, que auditava os balanços do ressegurador antes da descoberta das fraudes contábeis
- Os investidores, auxiliados pelo Instituto Empresa, alegam que a empresa contábil os induziu ao erro no investimento, por dar confiabilidade às informações financeiras da companhia
- Em fevereiro de 2020, a gestora Squadra anunciou que estava vendida em IRBR3 por inconsistências nos números dos balanços. Até aquele momento, era a PwC a auditoria responsável por verificar a contabilidade do ressegurador
Um grupo de 193 investidores do IRB (IRBR3) entrou na Justiça contra a PwC, que auditava os balanços do ressegurador antes da descoberta das fraudes contábeis que vieram à tona em 2020. O processo foi oficializado no fim da semana passada.
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Os investidores, auxiliados pelo Instituto Empresa, alegam que a empresa contábil os induziu ao erro no investimento, por dar confiabilidade às informações financeiras da companhia.
Em fevereiro de 2020, a gestora Squadra anunciou que estava vendida em IRBR3 por inconsistências nos números dos balanços. Até aquele momento, era a PwC a auditoria responsável por verificar a contabilidade do ressegurador e vinha aprovando os dados sem ressalvas.
Inicialmente, o IRB negou erros nas demonstrações financeiras. Contudo, poucos meses depois, em junho de 2020, foram descobertas fraudes contábeis e os balanços de 2019 e 2018 tiveram que ser republicados com uma redução de lucro de mais de R$ 600 milhões. (Entenda a história da fraude no IRB)
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Desde a primeira carta da Squadra, as ações caíram 97,5%. De acordo com o Instuto Empresa, o cálculo inicial do prejuízo desses investidores é de cerca de R$ 95 milhões.
“O pedido, contudo, está em aberto porque demanda análise econométrica e depende da análise do prejuízo de cada uma das partes. Antes, contudo, se espera que o juízo se manifeste sobre o próprio dever de indenizar”, afirma o Instituto Empresa, em nota.
Outros investidores que se sentem prejudicados pelo caso IRB têm até 10 de fevereiro aderirem à ação contra a PwC.
Falha no caso Americanas
A PwC também foi a auditoria que aprovou os últimos balanços da Americanas (AMER3), que anunciou a descoberta de inconsistências contábeis bilionárias em seus balanços no dia 11 de janeiro. Na última quinta-feira (19), a companhia entrou com pedido de recuperação judicial.
As ações da Americanas caem mais de 90% nos últimos 12 dias. O Instituto Empresa organiza um processo idêntico contra a PwC no caso da varejista, alegando que a auditoria não identificou o rombo bilionário nas demonstrações financeiras da varejista.
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“Falhas de auditorias ensejam indenizações a investidores. É exemplo o caso do Banco do Nordeste, onde a PwC foi condenada por falha de seus serviços, na ordem de R$ 25 milhões de Reais”, relembra o Instituto Empresa.